Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 135 - As curas de Jesus: Cegos, Paralíticos, um Mudo e uma Hemorroíssa
Ciclo 1 - História: Cura dum paralítico - Atividade: PH - Jesus - 95. A mulher hemorroísa ou/e 97. A cura de um paralítico.
Ciclo 2 - História: Cura de um leproso ou/e Jesuso - Atividade: PH - Jesus - 96. As curas de Jesus.
Ciclo 3 - História: A Cura do paralítico da piscina de Betsaida - Atividade: PH - Allan Kardec - 8. A cura integral ou/e PH - Davi - 3. A terapêutica da prece.
Mocidade - História: A bendita doença dos olhos de Chico Xavier - Atividade: 12 - Desenvolver perguntas e respostas: Distribuir os textos "A mediunidade curadora" e "Ensaio teórico das curas instantâneas" (completos ou parte deles).
Dinâmicas: Ocasionar doenças x Promover saúde; As curas de Jesus; Como é possível a cura pelo magnetismo?
Mensagens espíritas: Doenças; Cura.
Sugestão de vídeos:
- História: Jesus cura um paralítico (Dica: pesquise no Youtube).
- Música espírita: Pensamento positivo - Vansan (Dica: pesquise no Youtube).
Leitura da Bíblia: Marcos - Capítulo 2 (Mateus 9:1-8/Lucas 5:17-26)
2.1 E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
2.2 E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
2.3 E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
2.4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
2.5 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
2.6 E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
2.7 Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
2.8 E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
2.9 Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
2.10 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
2.11 A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
2.12 E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.
João - Capítulo 5
5.1 Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
5.2 Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
5.3 Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
5.4 Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5.5 E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
5.6 E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
5.7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
5.8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.
5.9 Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.
5.10 Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito.
5.11 Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma o teu leito, e anda.
5.12 Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito, e anda?
5.13 E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão.
5.14 Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.
5.15 E aquele homem foi, e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara.
Marcos - Capítulo 5 (Lucas 8:43-48/ Mateus 9:20-22)
5.25 E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
5.26 E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;
5.27 Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.
5.28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
5.29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
5.30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
5.31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
5.32 E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
5.33 Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
5.34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.
João - Capítulo 9
9.1E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
9.2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
9.3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
9.4 Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
9.5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
9.6 Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.
9.7 E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.
Marcos - Capítulo 8
8.22E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
8.23 E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
8.24 E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
8.25 Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente.
8.26 E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.
Mateus - Capítulo 9 (Lucas 11:14-16)
9.32E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado.
9.33 E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel.
Tópicos a serem abordados:
- O homem encarnado é formado por três partes: o corpo físico, o perispírito ( constituído por fluído vital) e o Espírito. Estes três elementos estão interligados (conectados), portanto, se algum deles estiver em desequilíbrio, o indivíduo poderá ficar doente.
- As doenças são geralmente causadas pela desobediência constante às Leis de Deus. Podemos ficar doentes devido à mà conduta nesta existência atual (por exemplo: falta de higiene, falta de praticar exercícios físicos, consumo de alimentos não saúdaveis, pensamentos e atitudes ruins, etc...) ou devido à ações erradas que cometemos em existências passadas. Além disso, a doença poderá ser uma prova para aprendermos a ter fé, paciência e resignação.
- No entanto, a maioria das doenças são expiações impostas por Deus. Enquanto não houver reparação das más condutas e mudança nas inclinações (transformação moral), as lesões no corpo espiritual , causadas por pensamentos e atitudes ruins , serão transferidas para o corpo material, e o indivíduo renascerá doente de várias maneiras diferentes.
- Para obter a cura é necessário destruir a causa do mal. Se a doença procede do corpo físico, os medicamentos materiais sabiamente empregados bastarão para restabelecer o funcionamento do órgãos afetados. Se o desequílibrio vem do perispírito, os bons fluidos recebidos através do passe poderão reestabelecer a harmonia geral. Mas se a doença estiver na alma, será necessário o índividuo fazer esforços para se corrigir e melhorar, seguindo o modelo de perfeição, que é Jesus Cristo. Eis por que os tratamentos com medicamentos muitas vezes precisam ser complementados por um tratamento fluídico e por uma terapia para a alma, que consiste no estudo e prática do Evangelho.
- A substância fluídica produz um efeito semelhante ao da substância medicamentosa, porém a sua eficácia é mais geral, podendo ser aplicada em diversos casos. Por essa razão, Jesus Cristo, o médico dos médicos, apenas com a imposição das mãos ou pela Sua simples presença conseguia curar diversos tipos de doenças. O desejo de fazer o bem, aliado a qualidade dos seus fluidos, tão superior ao nosso, lhe conferia imensa força magnética, capaz de fazer curas extraordinárias. No entanto, Jesus não curou todos os doentes, pois nem todos estavam em condições de serem curados. O Querido Mestre curava o corpo, visando a redimir (corrigir) o Espírito. Para que houvesse a cura era necessário um esforço interior que justificasse o benefício solicitado.
- No caso do paralítico de Cafarnaum, Jesus o curou, pois estava no fim da sua expiação, ou seja, este homem , com fé e resignação, havia terminado de pagar a sua divída , por isso o Mestre lhe disse: “Teus pecados estão perdoados”. Já em outra situação, quando curou o paralítico da piscina de Betesda, Jesus disse: "Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior." Por essas palavras, deu-lhe a entender que a sua doença era uma punição e que, se ele não se melhorasse, poderia vir a ser de novo punido e com mais rigor. A cura se realizou neste caso, portanto, para provocar uma mudança interior, pois o paralítico estava disposto a melhorar.
- A outra cura surpreendente aconteceu com uma mulher que sofria há doze anos de penosa hemorragia, sabendo que o Mestre visitava a sua cidade, ela reuniu o restante de forças que ainda lhe restava, foi, e, entrando no meio da multidão, tocou em suas vestes, com a certeza plena de que bastava isso para que ficasse curada. Então, logo que tocou a túnica de Jesus, estancou-lhe o fluxo de sangue. O Divino Mestre percebendo que havia saido uma virtude dele, lhe disse: "Minha filha, tua fé te salvou". Neste caso, portanto, não houve imposição das mãos, bastou a vontade dela para atrair para si os fluidos benéficos que Jesus irradiava normalmente, para que se realizasse a cura.
- Quando Jesus curou o cego de nascença, seus discípulos lhe fizeram esta pergunta: "Mestre, foi pecado desse homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego?" Jesus lhes respondeu: " Não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo; mas, para que nele se manifestasse as obras do poder de Deus." Ou seja, aquele homem estava cego, não por ter pecado, mas para dar testemunho público de que Jesus é a luz do mundo, o Messias prometido. Portanto, não era uma expiação do passado, era uma provação apropriada ao progresso daquele Espírito.
- Nem todos os doentes tiveram curas instantâneas (rápidas), por exemplo, o cego de Betsaida precisou de ações reiteradas de fluidos magnéticos de Jesus, para que pudesse ver com clareza e recuperasse a sua visão. Além disso, existiram doentes, como no caso do homem mudo, que foi preciso afastar o espírito mau, o principal responsável pelo desequilíbrio orgânico, para que pudesse ser curado.
- A dor física é, em geral, um aviso da Natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo. É necessário sofrer para nos conhecermos e conhecermos bem a vida. A doença é apenas um meio de que usa o Poder Infinito de Deus para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura. É, pois, pelo amor que nos tem, que Deus envia o sofrimento. Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, para que um dia sejamos completamente felizes.
Perguntas para fixação:
1. Quais são os três elementos que precisam estar saúdaveis para termos saúde?
2. Por que, geralmente, ficamos doentes?
3. Quais condutas devemos ter para evitarmos vários tipos de doenças ?
4. Por que é necessário fazer, em muitos casos, o tratamento medicamentoso juntamente com a fluidoterapia ?
5. Qual é tratamento indicado para curar a nossa alma?
6. Como Jesus realizava as curas?
7. Por que Jesus disse ao paralítico de Cafarnaum: “Teus pecados estão perdoados”?
8. Por que Jesus disse ao paralítico da piscina de Betsaida: "Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior " ?
9. Como a mulher, que sofria de hemorragia há doze anos, conseguiu se curar?
10. Quem Jesus curou para que se manifestasse a vontade de Deus?
11. Por que Jesus não curou todos os doentes?
12. O que nos ajuda a preservar-nos dos excessos?
Subsídio para o Evangelizador:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. ( https://www.unasus.gov.br/noticia/dia-mundial-da-saude)
Segundo o Espírito Joanna de Ângelis, "a saúde da criatura humana resulta de fatores essenciais que lhe compõem o quadro de bem-estar: equilíbrio mental, harmonia orgânica e ajustamento sócio-econômico.
Quando um desses elementos deixa de existir, pode-se considerar que a saúde cede lugar à perturbação, que afeta qualquer área do conjunto psicofísico.
Sendo, a criatura humana, constituída pela energia que o Espírito envia a todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia que a perturbe abre campo para a irrupção (erupção) de doenças, a manifestação de distúrbios, que levam aos vários desconsertos patológicos, conhecidos como enfermidades”.( O ser consciente. Cap. 7. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco )
O que é o homem?... Um composto de três princípios essenciais: o espírito, o perispírito e o corpo. A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessariamente o aniquilamento do ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o perispírito falta ou não pode funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria, encontrando-se assim impossibilitado de manifestar-se, poderá haver alguma coisa do gênero do cretino ou do idiota, mas não haverá jamais um ser inteligente. Enfim, se o espírito faltar, ter-se-á um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos a presença de três princípios, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou desarmonia parcial.
Se a doença ou desordem orgânica, como queiram chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais sabiamente empregados bastarão para restabelecer a harmonia geral.
Se a perturbação vem do perispírito, se é uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se acha alterado, será necessária uma medicação adequada à natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado normal. Se a doença procede do Espírito, não poderíamos empregar, para combatê-la, outra coisa senão uma medicação espiritual. Se, enfim, - como é o caso mais geral, e, podemos mesmo dizer, o caso que se apresenta exclusivamente, - se a doença procede do corpo, do perispírito e do espírito, será preciso que a medicação combata simultaneamente todas as causas da desordem por meios diversos, para obtermos a cura.
Ora, o que fazem geralmente os médicos? Eles cuidam do corpo e o curam; mas curam a doença? Não. Por quê? Porque sendo o perispírito um princípio superior à matéria propriamente dita, poderá tornar-se a causa em relação a esta, e se for entravado, os órgãos materiais que se acham em relação com ele serão igualmente atingidos na sua vitalidade. Cuidando do corpo, destruís o efeito; mas, residindo a causa no perispírito, a doença voltará novamente, quando cessarem os cuidados, até que se perceba que é preciso levar alhures a atenção, cuidando fluidicamente o princípio fluídico mórbido. Se, enfim, a doença proceder da mente, do espírito, o perispírito e o corpo, postos sob sua dependência, serão entravados em suas funções, e não é cuidando de um nem do outro que se fará desaparecer a causa.
Não é, pois, vestindo a camisa de força num louco ou lhe dando pílulas ou duchas que conseguirão restituir-lhe o estado normal. Apenas acalmarão seus sentidos revoltados; acalmarão os seus acessos, mas não destruirão o germe senão o combatendo por seus semelhantes, fazendo homeopatia, espiritual e fluidicamente, como fazem materialmente, dando ao doente, pela prece, uma dose infinitesimal de paciência, de calma, de resignação, conforme o caso, como se lhe dá uma dose infinitesimal de brucina, de digitális ou de acônito.
Para destruir uma causa mórbida, há que combatê-la em seu terreno.( Revista Espírita. Fevereiro de 1867. As três causas principais das doenças. Dr. Morel Lavalleé. Médium: Sr. Desliens. Allan Kardec)
É verdade que a homeopatia age no perispírito?
O medicamento homeopático atua energeticamente e não quimicamente, ou seja, sua ação terapêutica vai se dar no plano dinâmico ou energético do corpo humano, que se localiza no perispírito.
A medicação estimula energeticamente o perispírito, que por ressonância vibratória equilibra as disfunções existentes, isto é, o remédio exerce duas funções enquanto atua. Por isso a homeopatia além de tratar doenças físicas, atua também no tratamento dos desequilíbrios emocionais e mentais, promovendo, então, o reequilíbrio físico-espiritual. (Plantão de respostas. Questão 25. Espírito Emmanuel. Entrevista de Chico Xavier)
O fluido vital, do qual o perispírito é a fonte, representa um papel considerável na economia. Sua existência, seu modo de ação podem explicar muitos problemas patológicos. (Depois da morte. Cap.21. Léon Denis)
Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito.
Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.
São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos, ou, até, exclusivamente por ato da vontade. Entre os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.
A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
1º pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;
2º pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;
3º pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.
É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional. No entanto, em épocas diversas e no seio de quase todos os povos, surgiram indivíduos que a possuíam em grau eminente. Nestes últimos tempos, apareceram muitos exemplos notáveis, cuja autenticidade não sofre contestação. Uma vez que as curas desse gênero assentam num princípio natural e que o poder de operá-las não constitui privilégio, o que se segue é que elas não se operam fora da Natureza e que só são miraculosas na aparência. (A Gênese. Cap. 14. Itens 31, 32, 33 e 34. Allan Kardec )
De todos os fenômenos espíritas, um dos mais extraordinários é, sem contradita, o das curas instantâneas. Compreende-se as curas produzidas pela ação continuada de um bom fluido; mas se pergunta como esse fluido pode operar uma transformação súbita no organismo e, sobretudo, por que o indivíduo que possui essa faculdade não tem acesso sobre todos os que são atingidos pela mesma doença, admitindo que haja especialidades.
(...) A explicação seguinte, deduzida das indicações fornecidas por um médium em estado de sonambulismo espontâneo, está baseada em considerações fisiológicas, que nos parecem projetar luz nova sobre a questão. Ela foi dada por ocasião de uma pessoa atingida por graves enfermidades, e que perguntava se um tratamento fluídico lhe poderia ser salutar.
Por mais racional que nos pareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo, até que tenha recebido a dupla sanção da lógica e da opinião geral dos Espíritos, único controle válido das doutrinas espíritas, e que pode assegurar a sua perpetuidade.
Na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal. Não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias: ser, ao mesmo tempo, estimulante e calmante, muito picante e refrescante, não pode convir a todos os casos. É por isto que não existe um remédio universal.
Dá-se o mesmo com o fluido curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem. Há fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos duros e outros suaves e de muitas outras nuanças. Segundo as suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, poderá ser salutar em certos casos, ineficaz e mesmo nocivo em outros; de onde se segue que a cura depende, em princípio, da apropriação das qualidades do fluido à natureza e à causa do mal. Eis o que muitas pessoas não compreendem e porque se admiram que um curador não cure todos os males.
(...) A esta causa inteiramente física das não-curas, deve-se acrescentar uma, toda moral, que o Espiritismo nos dá a conhecer.
É que a maioria das doenças, como todas as misérias humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas para o futuro; são dívidas contraídas, cujas conseqüências devem ser sofridas, até que tenham sido saldadas. Aquele, pois, que deve suportar sua provação até o fim não pode ser curado. Este princípio é um motivo de resignação para o doente, mas não deve ser uma desculpa para o médico que procurasse, na necessidade da provação, um meio cômodo para abrigar a sua ignorância.
(...) Certas moléstias têm sua causa original na própria alteração dos tecidos orgânicos; é a única que a Ciência admite até hoje. E como, para a remediar, não conhece senão as substâncias medicamentosas tangíveis, não compreende a ação de um fluido impalpável, tendo a vontade como propulsor. Entretanto, aí estão os curadores magnéticos para provar que não é uma ilusão.
(...) A substância fluídica produz um efeito análogo ao da substância medicamentosa, com esta diferença: sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constituintes, age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que o podem fazer as moléculas mais grosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, enquanto as da matéria são fixas e invariáveis e não podem aplicar-se senão em determinados casos.
Tal é, em tese geral, o princípio sobre o qual repousam os tratamentos magnéticos. Acrescentemos sumariamente, e de memória, já que não podemos aprofundar aqui o assunto, que a ação dos remédios homeopáticos em doses infinitesimais, é baseada no mesmo princípio; a substância medicamentosa, levada pela divisão ao estado atômico, até certo ponto adquire as propriedades dos fluidos, menos, todavia, o princípio anímico, que existe nos fluidos animalizados e lhes dá qualidades especiais.
(...) Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia.
(...) Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos de que é penetrado o organismo.
Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar;desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam seu curso.
Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em todas as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode-se opor a matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina fluídica falha onde é preciso opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente triunfar nas afecções que poderiam chamar-se mistas.
(...) Esta teoria pode assim resumir-se: “Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea.”
Para simplificar a questão, não consideramos senão os dois pontos extremos; mas entre os dois há matizes infinitos, isto é, uma multidão de casos em que as duas causas coexistem em diferentes graus, e com mais ou menos preponderância de cada uma; em que, por conseqüência, é necessário, ao mesmo tempo, expulsar e reparar. Conforme aquela das duas causas que predomina, a cura é mais ou menos lenta; se for a do mau fluido, após a expulsão é preciso a reparação; se for a desordem orgânica, após a reparação é necessária a expulsão. A cura só é completa após a destruição das causas.
(...) Eis por que os tratamentos terapêuticos muitas vezes precisam ser complementados por um tratamento fluídico e reciprocamente; eis, também, por que as curas instantâneas, que ocorrem nos casos em que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva, jamais poderão tornar-se um meio curativo universal; conseguintemente, elas não são chamadas a suplantar nem a Medicina, nem a Homeopatia, nem o magnetismo ordinário.
A cura instantânea, radical e definitiva, pode ser considerada como um caso excepcional, considerando-se que é raro: 1o – que a expulsão do mau fluido seja completa no primeiro golpe; 2o – que a causa fluídica não seja acompanhada de alguma alteração orgânica, o que obriga, num e noutro caso, a ele voltar várias vezes.
Enfim, não podendo os maus fluidos emanar senão de Espíritos maus, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar, ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor. (Revista Espírita. Março de 1868. Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Allan Kardec )
Parece que, ao tempo de Jesus, eram em grande número, na Judéia, os obsidiados e os possessos, donde a oportunidade que ele teve de curar a muitos. Sem dúvida, os Espíritos maus haviam invadido aquele país e causado uma epidemia de possessões. (A Gênese. Cap. 15. Item 35. Allan Kardec )
No Evangelho de Mateus (9:32-33) vemos o relato de um homem mudo que foi curado por Jesus e Cairbar Schutel faz a seguinte explicação sobre o caso: " A obsessão é o ato pelo qual um espírito persegue uma pessoa. (...) O espírito obsessor atua sobre o organismo todo ou sobre determinados órgãos da pessoa, prejudicando-a. Aqui vemos o espírito obsessor maltratar os órgãos vocais, tornando mudo o homem.
As obsessões podem ser causadas por deficiências morais, por vingança de inimigos desencarnados, por mediunidade não desenvolvida e por mediunidade mal empregada. Sempre que se manifestar um caso de obsessão, o obsidiado deverá ser levado a um Centro Espírita, a fim de se proceder ao tratamento espiritual. É imprescindível que se trate imediatamente de uma pessoa que apresente sinais de obsessão para evitar-se que seu organismo fique imprestável pela ação dos fluidos venenosos que o obsessor injeta no corpo de sua vítima. Demorando-se muito tempo para procurar a cura, é fácil acontecer que a pessoa obsidiada tenha seu organismo abalado para sempre, embora o espírito obsessor se retire. Neste caso, elimina-se a causa, mas não se remedeiam os efeitos. (O Evangelho dos Humildes. A cura de dois cegos e um mudo. Eliseu Rigonatti )
Segundo Allan Kardec, "A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos." (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Item 84. Allan Kardec)
Jesus cura o homem, afastando dele o espírito obsessor. Iguais resultados se obtêm hoje nos Centros Espíritas, onde por meio de uma bem orientada doutrinação, consegue-se que os espíritos obsessores abandonem suas vítimas. E estas de novo passam a gozar de excelente saúde, uma vez que os maléficos fluidos ainda não lhes arruinaram os corpos." (O Evangelho dos Humildes. A cura de dois cegos e um mudo. Eliseu Rigonatti )
O Cristo possuía a dupla vista: seu olhar sondava os pensamentos e as consciências, ele curava com uma palavra, com um gesto, impondo as mãos ou até pela simples presença.
Eflúvios benéficos escapavam do seu ser e, sob seu comando, os maus espíritos afastavam-se. Ele se comunicava à vontade com as potências celestes e, nas horas de prova, hauria nesse intercâmbio a força moral que o sustentava na sua via dolorosa. (Depois da morte. Cap. 6 - O Cristianismo. Léon Denis)
A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (cap. XIV, nº 9). Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis.
Constantemente desprendida, ela de certo lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem. Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador?
Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao de mais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus . (A Gênese. Cap. 15. Item 2. Allan Kardec)
Jesus curava o corpo, visando a redimir o Espírito.
(...) É bom que todos os doentes do corpo saibam disto, a fim de se não iludirem buscando a saúde da matéria e relegando a do Espírito. São as enfermidades deste que o médico das almas, de preferência, veio curar. (Em torno do Mestre. O Médico das almas. Vinicius )
Vejamos o caso da cura do paralítico da piscina (João 5:1-17) , descrito no Livro "A Gênese":
"A piscina de Betesda, em Jerusalém, era uma cisterna, próxima ao Templo, alimentada por uma fonte natural, cuja água parece ter tido propriedades curativas. Era, sem dúvida, uma fonte intermitente que, em certas épocas, jorrava com força, agitando a água. Segundo a crença vulgar, esse era o momento mais propício às curas. Talvez que, na realidade, ao brotar da fonte a água, mais ativas fossem as suas propriedades, ou que a agitação que o jorro produzia na água fizesse vir à tona a vasa salutar para algumas moléstias. Tais efeitos são muito naturais e perfeitamente conhecidos hoje; mas, então, as ciências estavam pouco adiantadas e à maioria dos fenômenos incompreendidos se atribuíam uma causa sobrenatural. Os judeus, pois, tinham a agitação da água como devida à presença de um anjo e tanto mais fundadas lhes pareciam essas crenças, quanto viam que, naquelas ocasiões, mais curativa se mostrava a água.
Depois de haver curado aquele paralítico, disse-lhe Jesus: «Para o futuro não tornes a pecar, a fim de que não te aconteça coisa pior.» Por essas palavras, deu-lhe a entender que a sua doença era uma punição e que, se ele não se melhorasse, poderia vir a ser de novo punido e com mais rigor, doutrina essa inteiramente conforme à do Espiritismo." (A Gênese. Cap. 15. Item. 21. Allan Kardec )
A poderosa ação de Jesus, cuja autoridade sobre os Espíritos maléficos era extraordinária, aliada à manipulação dos fluidos atmosféricos convertidos em substância medicamentosa, explica a cura do enfermo há tantos anos paralítico.
(...)Mas qual o motivo, já perguntamos, por que Jesus limitou a cura a um, quando tantos se achavam em redor da piscina? Seria porque Jesus não poderia ou não quereria curar os outros?
É, talvez, porque só o paralítico, pela sua crença estivesse apto a receber a cura, e os outros, não. É, com certeza, porque os outros não acreditavam que Jesus pudesse curá-los, e tivessem mais fé na água da piscina do que no Mestre; preferiam a água material à espiritual! (Parábolas e ensinos de Jesus. O Paralítico da piscina. Cairbar Schutel )
Segundo Allan Kardec, "Não há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do castigo; a única lei geral é que toda falta terá punição, e terá recompensa todo ato meritório, segundo o seu valor. A duração do castigo depende da melhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita. "(O Céu e o Inferno. Primeira parte. Cap. 7 - Código penal da vida futura. Item 12 e 13. Allan Kardec )
Na Revista Espírita, relata um caso de um jovem cego que não foi possível a cura, por causa da sua conduta moral:
"Um jovem, cego há doze anos, tinha sido recolhido por um espírita dedicado, que se havia empenhado em curá-lo pelo magnetismo, pois os Espíritos haviam dito que isso era possível. Mas o jovem, em vez de se mostrar reconhecido pela bondade de que era objeto, e sem a qual teria ficado sem asilo e sem pão, só teve ingratidão e mau procedimento, e deu provas do pior caráter."
Consultado a respeito, respondeu o Espírito de São Luís:
“Esse jovem, como muitos outros, é punido por onde pecou e suporta a pena de sua má conduta. Sua enfermidade não é incurável, e uma magnetização espiritual praticada com zelo, devotamento e perseverança, certamente teria êxito, ajudada por um tratamento médico destinado a corrigir seu sangue viciado. Já haveria uma sensível melhora em sua visão, que ainda não está completamente extinta, se os maus fluidos de que está cercado e saturado não opusessem um obstáculo à penetração dos bons fluidos que, de certo modo, são repelidos. No estado em que ele se encontra, a ação magnética será impotente enquanto, por sua vontade e sua melhoria, ele não se desembaraçar desses fluidos perniciosos.
“É, pois, uma cura moral que se deve obter, antes de buscar a cura física. Uma mudança de direção em seu comportamento é a única coisa que pode tornar eficazes os cuidados de seu magnetizador, que os bons Espíritos procurarão ajudar. Caso contrário, deve-se esperar que ele perca o pouco de luz que lhe resta e que seja submetido a novas e muito terríveis provações que terá de sofrer.
“Agi, pois, sobre ele como fazeis com os maus Espíritos desencarnados, que quereis trazer ao bem. Ele não está sob uma obsessão: é sua natureza que é má e que, além disso, perverteu-se no meio onde viveu. Os maus Espíritos que o assediam só são atraídos pelas semelhanças com ele próprio. À medida que ele se melhorar, eles se afastarão. Só então a ação magnética terá toda a sua eficácia. Dai-lhe conselhos; explicai-lhe sua posição; que várias pessoas sinceras se unam em pensamento para orar, a fim de atrair influências salutares sobre ele. Se ele as aproveitar, não tardará a lhes experimentar os bons efeitos, porque será recompensado por uma sensível melhora na sua posição.”
Esta instrução nos revela um fato importante, o obstáculo oposto pelo estado moral, em certos casos, à cura dos males físicos. (Revista Espírita. Julho de 1865. Questões e Problemas. Cura moral dos encarnados. Allan Kardec)
Quando Jesus curou o Paralítico de Cafarnaum (Mateus 9:1-8), Eliseu Rigonatti explica que "(...)Jesus examina se ele já possuía a fé em Deus. Somente depois de se ter certificado de que o paralítico estava intimamente transformado pela fé e pela dor, é que lhe efetua a cura.
O paralítico era um espírito em expiação. Num corpo entrevado, resgatava os erros do passado. O sofrimento resignado lhe abrira o coração para o amor e despertara-lhe o desejo de viver nobremente. E por fim desenvolveu em seu íntimo a fé na bondade divina. Estava, pois, em condições de merecer a comutação da pena a que se sujeitava. Como a causa que lhe tinha acarretado o castigo tinha cessado, foi possível a Jesus beneficiá-lo." (O Evangelho dos Humildes. Cap. 9. Eliseu Rigonatti )
Que significariam aquelas palavras: «Teus pecados te são remitidos» e em que podiam elas influir para a cura? O Espiritismo lhes dá a explicação, como a uma infinidade de outras palavras incompreendidas até hoje. Por meio da pluralidade das existências, ele ensina que os males e aflições da vida são muitas vezes expiações do passado, bem como que sofremos na vida presente as conseqüências das faltas que cometemos em existência anterior e, assim, até que tenhamos pago a dívida de nossas imperfeições, pois que as existências são solidárias umas com as outras.
Se, portanto, a enfermidade daquele homem era uma expiação do mal que ele praticara, o dizer-lhe Jesus: «Teus pecados te são remitidos» eqüivalia a dizer-lhe: «Pagaste a tua dívida; a fé que agora possuís elidiu a causa da tua enfermidade; conseguintemente, mereces ficar livre dela.» Daí o haver dito aos escribas: «Tão fácil é dizer: Teus pecados te são perdoados, como: Levanta-te e anda.» Cessada a causa, o efeito tem que cessar. É precisamente o caso do encarcerado a quem se declara: «Teu crime está expiado e perdoado», o que eqüivaleria a se lhe dizer: «Podes sair da prisão.» (A Gênese. Cap. 15. Item 15. Allan Kardec )
A outra cura surpreendente aconteceu com uma mulher que sofria há doze anos de penosa hemorragia (Marcos 5:24-34), havendo gasto todos os seus bens com os médicos, estando débil e esgotada no fundo de uma cama.
Sabendo que o Mestre visitava a sua cidade, ela reuniu o restante de forças que ainda lhe sobejava, foi, e, entrando no meio da multidão, tocou em suas vestes, com a certeza plena de que bastava isso para que ficasse curada. Logo que tocou a orla da túnica de Jesus, estancou-lhe o fluxo de sangue. E ele perguntou: Quem foi que me tocou? ao que os apóstolos retrucaram: Mestre, a multidão te aperta e te comprime, e dizes: Quem é que me tocou? Diante dessas ponderações dos discípulos ele aditou:
Eu senti que de mim saiu uma virtude. Ele havia sentido que dele haviam emanado fluidos que beneficiaram aquela sofredora, por isso, dirigindo-se a ela, que permanecia receosa, asseverou: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz. (Os padrões evangélicos. Curas pela fé. Paulo Alves Godoy)
Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.
Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão? É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só.
O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos. Razão, pois, tinha Jesus para dizer: Tua fé te salvou. Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural. (A Gênese. Cap. 15. Item 11. Allan Kardec)
Em relação à cura do Cego de nascença (João 9:1-34), " A pergunta dos discípulos: Foi algum pecado deste homem que deu causa a que ele nascesse cego? revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença, se cometido antes do nascimento, portanto, numa existência anterior. Se Jesus considerasse falsa semelhante idéia, ter-lhes-ia dito: «Como houvera este homem podido pecar antes de ter nascido?» Em vez disso, porém, diz que aquele homem estava cego, não por ter pecado, mas para que nele se patenteasse o poder de Deus, isto é, para que servisse de instrumento a uma manifestação do poder de Deus. Se não era uma expiação do passado, era uma provação apropriada ao progresso daquele Espírito, porquanto Deus, que é justo, não lhe imporia um sofrimento sem utilidade. (A Gênese. Cap. 15. Item 25. Allan Kardec)
O Espírito encarnado no moço cego assumira, no Além, o compromisso de nascer privado da vista a fim de dar testemunho público de que Jesus é a luz do mundo, o Messias prometido.
Após haver respondido à interpelação que lhe foi dirigida, o Mestre aproximou-se do cego, e, untando-lhe os olhos com barro, composto de saliva e terra, disse-lhe: "Vai lavar-te no tanque de Siloé. Ele foi, lavou-se e voltou vendo".
Por que teria o Senhor usado aquela original terapêutica? Não poderia operar a cura independente do processo empregado? Ele agiu assim para completar o testemunho que o moço havia de dar, por isso que a denominação Siloé quer dizer Enviado. (Na Seara do Mestre. O cego de nascença. Vinicius)
(...) Evidentemente aquela espécie de lama feita de saliva e terra nenhuma virtude podia encerrar, a não ser pela ação do fluido curativo de que fora impregnada. É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água, por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas, sob a ação do fluido espiritual ou magnético, ao qual elas servem de veículo, ou, se quiserem, de reservatório. (A Gênese. Cap. 15. Item 25. Allan Kardec)
Se os homens daquele tempo, e de todos os tempos, dispondo, embora, de vista física, tivessem "olhos de ver", por certo se convenceriam de que Jesus, de fato, é o Filho de Deus. Sendo, porém, cegos de espírito, nenhuma conclusão tiraram outrora, nem tiram na atualidade, dos prodígios e das maravilhas por Ele levadas a efeito. (Na Seara do Mestre. O cego de nascença. Vinicius )
No caso do cego de Betsaida (Marcos 8:22-26), Cairbar Schutel explica que " o Divino Médico, tirando dos seus próprios lábios o remédio que deveria vitalizar as células componentes do aparelho óptico, aplicou-o aos olhos do cego, impôs depois sobre ele suas puríssimas mãos portadoras do veiculo magnético do Amor, e perguntou-lhe: "Vês alguma coisa?"
Como sói acontecer a todos os cegos que recuperam repentinamente a vista, os objetos lhe pareceram muito maiores e ele viu os homens andando, mas de tamanho desmesurado; pelo que respondeu: "Vejo os homens como as árvores e os percebo andando."
Jesus então, desta vez, pôs novamente suas mãos nele, mas sobre os olhos, e, restabelecido, o oprimido disse distinguir tudo com clareza.
Esta cura não foi instantânea, mas precisou de ações reiteradas de fluidos magnéticos, como se nota atualmente no tratamento pelo Magnetismo. (O Espírito do Cristianismo. Cap. 61-O cego de Betsaida. Cairbar Schutel)
Allan Kardec já havia confirmado este fato e relatou o seguinte : " a cura não foi instantânea, porém gradual e conseqüente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de óptica, os objetos lhes parecem de tamanho exagerado." (A Gênese. Cap. 15. Item 13. Allan Kardec )
Muita gente se surpreende pelo fato de Jesus não ter restaurado a visão a todos os cegos, levantado todos os paralíticos e curado todos os leprosos que existiam.
(...) Podem-se contar nos Evangelhos as curas materiais operadas por Jesus Cristo. Elas foram em número insignificante, representando diminuta porcentagem face ao número de sofredores existentes na época, o que prova sobejamente que o Mestre não veio para curar enfermidades materiais, que são de efeito transitório, e que, face à lei de Deus, e em conseqüência das necessidades de reajuste, nem todos estavam em condições de serem curados.
Bartimeu, indubitavelmente, era cego há muitos anos, e uma cegueira tão prolongada havia-lhe conferido a oportunidade de resgatar seus erros do passado.
Havia chegado a hora de merecer o beneficio da cura, que veio por intermédio de Jesus.
Eis a razão pela qual nem todos podem receber de imediato aquilo que pedem a Deus ou aos seus Espíritos prepostos. Se ainda não saldaram seus débitos para com a justiça divina, não podem merecer alteração no curso de suas vidas, pois não houve ainda um esforço interior que justificasse o benefício solicitado. (Os padrões evangélicos. Bartimeu, o Cego. Paulo Alves Godoy )
Segundo o Espírito Emmanuel“(...)o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto. A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser.” (Vinha de luz. Cap. 157 - O remédio salutar. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
(...) O homem perfeitamente normal é uma raridade. (...) A causa geral de qualquer perturbação psíquica reside na desobediência constante às determinações da Lei de Deus. (Evolução para o terceiro Milênio. Cap.5. Item 19. Carlos Toledo Rizzini)
As enfermidades da alma procedem de condutas atuais como de anteriores, a que se permitiu o Espírito, gerando as emanações enfermiças, que ora se convertem em distúrbio de natureza complexa, e que passam a exigir terapia conveniente quão cuidadosa.
O ser jamais se evade de si mesmo, do Eu interior, que sobrevive à decomposição cadavérica e é responsável por todas as ocorrências existenciais, face à sua causalidade e à sua destinação, que tem caráter eterno. (Amor, imbatível amor. Cap. 45 - Doenças da alma. Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco)
A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido. (Leis de amor. Cap.1. Questão 2. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
- Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos. (Leis de amor. Cap.1. Questão 5. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
No livro “ Evolução para o terceiro milênio" Carlos Toledo Rizzini, faz explicações sobre diversos motivos que nos trazem a enfermidade:
"Compreendemos que os desequilíbrios ou enfermidades do Espírito têm início com os abusos e afastamentos da Lei Divina.
(...) A prática do mal, a repetição de abusos, as acumulações de erros, os vícios, enfraquecem os centros de força do perispírito e geram lesões nele, que é sensível ao estado moral do Espírito.
(...) Enquanto não houver reparação das condutas malfazejas e mudança nas inclinações, as lesões do corpo espiritual serão transferidas para o corpo material, que renascerá doente de mil maneiras diferentes.
(...) Os remédios materiais, com raras exceções (fim de débito) não pode curar integralmente a ninguém; consegue melhorar, aliviar, transferir o mal, mudar sua manifestação, eliminar algo, - mas a cura há de proceder do poder criador do Espírito. “O Espírito delinqüente será imperiosamente o médico de si mesmo”.(André Luiz, No Mundo Maior). Daí, afirmar Emmanuel (Fonte Viva) que raros alcançam a cura completa, genuína, é mister apreciável cota de esforço próprio da renovação dos conteúdos mentais, para mudar as maneiras de pensar e de agir.
Temos ai moléstias orgânicas originárias de lesões perispirituais que surgiram de erros e abusos anteriores. Se o sujeito ingeriu veneno por sua deliberação, renascerá com a garganta pouco resistente a germes ou com o estômago lesado; se deu um tiro no coração voltará atacado de uma cardiopatia congênita; se usou a inteligência como astúcia para aproveitar de outros, virá a ser débil mental ou padecerá de hidrocefalia; se foi dado à maledicência ou calúnia, terá, mais tarde, a língua maior do que a boca. E assim por diante.
Outros tipos de enfermidades físicas ocorrem menos difundidos, porém nos quais funcionam diferentes mecanismos.
Existem as doenças expiatórias, impostas ao reencarnante como indispensáveis a resgates necessários. É claro que nos exemplos acima temos também expiações... Mas neles, o indivíduo lesou a si mesmo e a moléstia é uma expressão da lesão do perispírito.
Veja isto, leitor. Um indivíduo matou outro, como espírito, lutou ativamente pela própria regeneração e alcançou grandes méritos na prática do bem. Ao voltar ao mundo, recebe um coração defeituoso (que não tinha) para expiar o crime. Outro levou alguém à tuberculose, fazendo-o expor-se continuamente a condições adversas, ao renascer, recebe pulmões sem resistência ao bacilo de Koch. De dois dementes, um poderá ser realmente louco (espírito perturbado) e o outro não, tendo apenas o cérebro desarranjado por necessidade de expiação. Um idiota poderá ter o espírito lúcido.
A diferença entre as duas modalidades só é nítida nos extremos, devendo haver muitas situações intermediárias menos definidas.
(...) Importante, embora menos espetacular, é o que André Luiz denomina restrições pedidas. São defeitos ou inibições funcionais que limitam atividades abusivas do organismo. Antes de encarnar, prevendo sua queda num setor onde isso já ocorreu antes, o espírito solicita que certos órgãos ou funções sejam um tanto defeituosos, de modo a funcionarem em ritmo reduzido. Na carne, por mais que o sujeito queira exagerar no uso para obter prazer ou se lançar à prática do mal, não o consegue. E nada neste mundo livra-o da inibição solicitada...
É natural que o gastrônomo peça um estômago delicado ou lento, um intestino facilmente desarranjável, que o leve a limitara ingestão de alimentos e bebidas. Que o fascinador queira, agora, ter feições mais grosseiras, que a ninguém venha atrair. Que aquele que se deixou levar pela intriga prefira voltar surdo; que o caluniador peça a mudez.
Uma última eventualidade, menos freqüente, é a doença gerada pelo contato íntimo com um espírito perturbado, geralmente inconsciente do seu estado, cujo perispírito conteria lesões oriundas da vida material. Estabelecida a sintonia, as sensações mórbidas transmitem-se ao encarnado, que passa a sentir-se enfermo sem o estar. É o caso da moça que um dia começou a cair facilmente; uma vidente percebeu sobre os ombros dela um espírito montado, o qual, incorporado, revelou ser o pai dela e não ter consciência da situação. Ora, o velho sofria de forte artrite nos joelhos e não podia andar; doutrinado, acabou deixando a filha livre. Ou do indivíduo que entra a tossir, a escarrar, a ter febrícula à tarde, como se estivesse tuberculoso; quem o está fazendo sentir-se doente é o espírito que se lhe aderiu à aura, e que morreu naquele estado, conservando as sensações doentias e transferindo-as ao encarnado que está sintonizado com a vibração dele. Foi o que Inácio Ferreira denominou intoxicação fluídica, em sua obra pioneira.
(...) Nos casos em que o obsessor, movido por ódio intenso, envia descargas fluídicas constantes sobre a vítima, produzindo uma doença sem base física no próprio doente, Manoel P. de Miranda (nos Bastidores da Obsessão, FEB, 1970) dá o nome de moléstia-simulacro a tal estado mórbido.
É assim que uma pessoa “fica” leprosa e é internada em leprosário por apenas apresentar a aparência de hanseniana; bom meio de isolar alguém e levá-lo ao suicídio...A vítima, estando sintonizada pela culpa do agressor e tendo a mente preparada pela hipnose, seguindo o desejo do obsessor, pode exibir os sinais da morféia (doença cutânea). Ai, o tratamento é espiritual, mediante a transformação íntima de ambos.
(...) Em síntese, a enfermidade é produto derivado das violações que conscientemente praticamos ao escolher o caminho do mal de maneira voluntária. Hoje, temos que enfrentar as consequências disso, isto é, o sofrimento. Este representa, ao mesmo tempo, a expiação e o tratamento, porquanto, tem função medicinal por servir ao reajustamento do espírito culpado, logo, doente. ( Evolução para o terceiro milênio. Segunda Parte. Cap. 5. Item 17. Carlos Toledo Rizzini)
Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?
- Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios. (Leis de amor. Cap.1. Questão 10. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira)
Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
- Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinqüiram. (Leis de amor. Cap.1. Questão 11. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?
A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos.
Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas. (Leis de amor. Cap.1. Questão 12. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira)
A invasão microbiana está vinculada a causas espirituais?
- Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular.
Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo muitas vezes, em devedor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão.
Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias. Emerge, então, a moléstia por estado secundário em largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral, sem humildade e paciência, espírito de serviço e devotamento ao bem, não consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes distintos e inumeráveis, a todas estimulando, para o máximo aproveitamento da existência na Terra.
Quando o doente, porém, adota comportamento favorável a si mesmo, pela simpatia que instila no próximo, as forças físicas encontram sólido apoio nas radiações de solidariedade e reconhecimento que absorve de quantos lhe recolhem o auxílio direto ou indireto, conseguindo circunscrever a disfunção aos neoplasmas benignos, que ainda respondem à influência organizadora dos tecidos adjacentes.
Sob o mesmo princípio de relatividade, a funcionar, inequívoco, entre doença e doente, temos a incursão da tuberculose e da lepra, da brucelose e da amebíase, da endocardite bacteriana e da cardiopatia chagásica, e de muitas outras enfermidades, sem nos determos na discriminação de todos os processos morbosos, cuja relação nos levaria a longo estudo técnico.
É que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem rupturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas.
Consolidado o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as moléstias sintomáticas ou assintomáticas, estabilizando-se ou irradiando-se, conforme as disposições da própria mente, que trabalha ou não para refazer a defensiva orgânica em supremo esforço de reajuste, ou que, por automatismo, admite ou recusa, segundo a posição em que se encontra no princípio de causa e efeito, a intromissão desse ou daquele fator patogênico, destinado a expungir dela, em forma de sofrimento, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo dos semelhantes.
Não será lícito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante e que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental.
Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na autodefensiva contra todos os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus. (Evolução em dois mundos. Cap. 20 - Invasão microbiana. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)
No livro " Missionários da Luz", psicografado por Chico Xavier, o Espírito André Luiz relata que, " Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais." (Missionários da Luz. Cap. 19. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier )
O envoltório fluídico do ser depura-se, ilumina-se ou se obscurece, de acordo com a natureza refinada ou grosseira dos pensamentos que nele se refletem. Todo ato, todo pensamento tem sua repercussão e grava-se no perispírito. Daí, consequências inevitáveis para a situação do próprio espírito. Este exerce uma ação contínua sobre seu envoltório. Pela vontade, é sempre senhor para modificar-lhe o estado. (Depois da morte. Cap. 32. Léon Denis)
A elevação dos sentimentos, a pureza da vida, os impulsos para o bem e o ideal, as provas e os sofrimentos pacientemente suportados, depuram cada vez mais o perispírito, estendendo, multiplicando as vibrações. Como uma ação química, eles consomem as partículas grosseiras e deixam subsistir apenas as mais sutis, as mais delicadas.
Por um efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito, entorpecem-no, tornam-no mais denso e mais obscuro. (Depois da morte. Cap.21. Léon Denis)
Como apreendermos a existência das predisposições mórbidas do corpo espiritual?
- Não podemos olvidar que a imprudência e o ócio se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como sejam os desastres circulatórios provenientes da gula, as infecções tornadas de higiene, os desequilíbrios nervosos nascidos da toxicomania e a exaustão decorrente de excessos vários.
De modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afligem o corpo físico e o dilaceram, guardam no corpo espiritual as suas causas profundas.
A recordação dessa ou daquela falta grave, mormente daquelas que jazem recalcadas no espírito, sem que o desabafo e a corrigenda funcionem por válvulas de alívio às chagas ocultas do arrependimento, cria na mente um estado anômalo que podemos classificar de “zona de remorso”, em torno da qual a onda viva e contínua do pensamento passa a enovelar-se em circuito fechado sobre si mesma, com reflexo permanente na parte do veículo fisiopsicossomático ligada à lembrança das pessoas e circunstâncias associadas ao erro de nossa autoria.
Estabelecida a idéia fixa sobre esse “nódulo de forças desequilibradas”, é indispensável que acontecimentos, reparadores se nos contraponham ao modo enfermiço de ser, para que nos sintamos exonerados desse ou daquele fardo íntimo ou exatamente redimidos perante a Lei.
Essas enquistações de energias profundas, no imo de nossa alma, expressando as chamadas dívidas cármicas, por se filiarem a causas infelizes que nós mesmos plasmamos na senda do destino, são perfeitamente transferíveis de uma existência para outra. Isso porque, se nos comprometemos diante da Lei Divina em qualquer idade da nossa vida responsável, é lógico venhamos a resgatar as nossas obrigações em qualquer tempo, dentro das mesmas circunstâncias nas quais patrocinamos a ofensa em prejuízo dos outros.
É assim que o remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticulando as sinergias do corpo espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade, entendendo-se, ainda, que essas desarmonias são, algumas vezes, singularmente agravadas pelo assédio vindicativo dos seres a quem ferimos, quando imanizados a nós em processos de obsessão. Todavia, ainda mesmo quando sejamos perdoados pelas vítimas de nossa insânia, detemos conosco os resíduos mentais da culpa, qual depósito de lodo no fundo de calma piscina, e que, um dia, virão à tona de nossa existência, para a necessária expunção, à medida que se nos acentue o devotamento à higiene moral. (Evolução em dois mundos. Cap. 39 - Predisposições mórbidas. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier/ Waldo Vieira )
Existe uma patologia da alma?
- Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte. (Leis de amor. Cap. 7. Questão 2. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Por que acontece assim?
- Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranqüilos. (Leis de amor. Cap. 7. Questão 3. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Toda moléstia do corpo tem ascendentes espirituais?
As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do espírito enfermo. A patogenia é um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico.
E é ainda na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio espírito enfermiço. Podeis objetar que as injeções e os comprimidos suprimem a dor; todavia, o mal ressurgirá mais tarde nas células do corpo. Indagareis, aflitos, quanto às moléstias incuráveis pela ciência da Terra e eu vos direi que a reencarnação, em si mesma, nas circunstâncias do mundo envelhecido nos abusos, já representa uma estação de tratamento e de cura e que há enfermidades d ‘ alma, tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores. (O Consolador. Questão 96. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Qual a advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
- Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”. (Leis de amor. Cap.1. Questão 13. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
O Espiritismo pode contribuir par ao tratamento das doenças?
- A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.
- Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.(Leis de amor. Cap.7. Questão 1. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
- Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes. (Leis de amor. Cap.7. Questão 8. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?
- Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência. (Leis de amor. Cap.7. Questão 9. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?
- Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino. (Leis de amor. Cap.7. Questão 10. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
Quais são os medicamentos do espírito?
- Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.
Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Leis de amor. Cap.7. Questão 11. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira )
Considerando o grau de merecimento, como se dá a cura nos tratamentos físico-espirituais? Esta cura é lenta e progressiva ou é rápida?
O processo de tratamento espiritual é muito relativo, e a cura já é por si a prova do merecimento do doente, sendo que a mesma ocorre muitas vezes de forma rápida.
Ao paciente compete a conquista da cura de modo definitivo, buscando seu fortalecimento interior pela reforma moral e prática da caridade.
Lembremos sempre que Jesus após praticar suas curas, recomendava: “Vá e não peques mais.” (Plantão de respostas. Item 15. Espírito Emmanuel. Entrevista de Chico Xavier)
Na Revista Espírita, podemos ver um caso de cura gradual de uma médium vidente e escrevente mecânico, que sofreu uma queda desastrosa e quebrou o antebraço, no dia 26 de maio: "Conforme as indicações do Espírito (Dr. Demeure), pequenas faixas e um aparelho foram imediatamente confeccionados e colocados. Em seguida foi feita uma magnetização espiritual praticada pelos Espíritos bons, que ordenaram um repouso temporário. Na noite do mesmo dia, alguns adeptos, convocados pelos Espíritos, se reuniram em casa da Sra. Maurel que, adormecida por um médium magnetizador, não demorou a entrar em estado sonambúlico. Então o Dr. Demeure continuou o tratamento que havia iniciado pela manhã, agindo mecanicamente sobre o braço fraturado. Sem outro recurso aparente senão sua mão esquerda, nossa doente logo já tinha tirado o primeiro aparelho, deixando apenas as faixas, quando se viu insensivelmente e sob a influência da atração magnética espiritual, o membro tomar diversas posições, próprias para facilitar a redução da fratura.
Parecia, então, ser objeto de toques inteligentes, sobretudo no ponto onde devia efetuar-se a soldadura dos ossos; depois se alongava, sob a ação de trações longitudinais.
Após alguns instantes dessa magnetização espiritual, a Sra. Maurel procedeu sozinha à consolidação das faixas e a uma nova aplicação do aparelho, que consistia em duas tabuinhas ligadas entre si e ao braço por meio de uma correia. Tudo, pois, se passara como se hábil cirurgião tivesse, ele mesmo, operado visivelmente.
(...) Na noite de 27 para 28, tendo a Sra. Maurel desarranjado seu braço em conseqüência de uma posição falsa, tomada durante o sono, manifestou-se uma febre alta, pela primeira vez. Era urgente remediar esse estado de coisas. Assim, reuniram-se novamente no dia 28 e, uma vez declarado o sonambulismo, foi formada a cadeia magnética, a pedido dos Espíritos bons. Depois de vários passes e diversas manipulações, em tudo semelhantes aos descritos acima, o braço foi recolocado em bom estado, não sem ter a pobre senhora experimentado cruéis sofrimentos.
(...) Nos dias 29, 30 e 31 seguintes as magnetizações espirituais sucessivas, acompanhadas de manipulações variadas de mil maneiras, acarretaram sensível melhora no estado geral de nossa doente; diariamente o braço adquiria novas forças. Sobretudo o dia 31 deve ser assinalado, como marcando o primeiro passo para a convalescença. Naquela noite dois Espíritos, que se faziam notar pelo brilho de sua irradiação, assistiam nosso amigo Demeure.
Pareciam dar-lhe conselhos, que este se apressava em pôr em prática.
(...) A 4 de junho, dia fixado pelos Espíritos bons para a redução definitiva dessa fratura complicada por distensões, reunimo-nos à noite. Mal entrara em sonambulismo, a Sra. Maurel começou a desenrolar as faixas que envolviam seu braço, imprimindo-lhe um movimento de rotação tão rápido que dificilmente o olho seguia os contornos da curva descrita. A partir desse momento passou a servir-se do braço, como habitualmente. Estava curada. "(Revista Espírita. Setembro de 1865. Cura de uma Fratura pela Magnetização Espiritual. Allan Kardec )
No livro "Saúde", o Espírito Miramez nos faz a seguinte recomedação: " Se estais com alguma enfermidade, não vos desespereis. Recolhei-vos à oração bem sentida e buscai reflexionar, que os fios dos vossos pensamentos vos trarão a inspiração necessária para o que deve ser feito. Sorvei com os lábios da fé e a mansuetude do coração a essência da vida que existe em qualquer lugar, mas sempre no ritmo da natureza. (...)Quando alguém falar, escutai; quando alguém vos ferir, não revideis; quando os problemas chegarem à vossa porta, não desespereis; quando os espinhos do infortúnio quiserem impedir os vossos passos no bem, não useis da impaciência. (...)Nos momentos de meditação, ajudai. Fazei a vossa parte no campo dessa benfeitora ciência. Entrai em vosso aposento, orai ao Pai que está nos céus em secreto, firmai os vossos pensamentos na pureza que o coração em Cristo vos inspirar, visualizai em torno de vós uma atmosfera de puro amor e alegria. Procurai sentir essas sensações como se estivessem saindo do vosso coração em favor da humanidade. Buscai a serenidade conveniente ao momento e respirai esses fluidos que se avolumam em torno de vós, cheios de magnetismo superior, que eles vos colocarão em plena sintonia com a mecânica universal e os vossos órgãos obedecerão ao ritmo da natureza. A saúde será estabelecida, porque mãos invisíveis atenderão à vossa disposição em contribuir com a paz de todos os seres. Doai, meu irmão, o quanto puderdes, que a lei se encarregará de vos ofertar o quanto necessitardes. (...)Agradeçamos a Jesus, pelo que Ele tem feito por nós, no sentido de conhecermos a vontade do Pai. E meditemos no Senhor, para que o Cristo não nos deixe sem trabalho na grande lavoura da vida, porque é desta maneira que haveremos de conquistar a verdadeira saúde. "(Saúde. Meditação. Espírito Miramez. João Nunes Maia).
Segundo o Espírito Joanna de Ângelis, " A cura real é uma operação profunda de transformação interior, que ocorre somente quando os fatores propiciadores da injunção danosa se modificam para melhor, dando lugar ao equilíbrio das suas variadas funções no campo da energia.
Imprescindível se faz, nesse caso, que a mente processe todos os conteúdos emocionais e morais de maneira adequada, a fim de que a recuperação da saúde através da terapia utilizada venha a produzir a cura real, evitando as recidivas que decorrem exatamente da falta de composição vibratória dos delicados elementos pelos quais o Espírito interage no corpo.
A recuperação temporária pode ocorrer em razão dos esforços empregados pelo terapeuta, da bem direcionada aplicação dos medicamentos e a momentânea mudança de atitude mental do paciente. Todavia, se não houver uma profunda alteração de comportamento interior - desejo sincero de sarar, cultivo íntimo de bem-estar, propósitos edificantes, renovação dos hábitos mentais - certamente a enfermidade reaparecerá ou se apresentará sob nova diagnose, dando curso ao seu mister de despertá-lo para a sua realidade profunda como ser imortal.
Na grande maioria das pessoas enfermas, está presente o efeito de determinada conduta vivida anteriormente, na qual houve desistência dos referenciais da vida, mesmo que de forma inconsciente, como resultado de ocorrências que poderiam haver sido encaradas de maneira menos pessimista, menos autodestrutiva.
É inevitável a sucessão de desares, de frustrações, de desencantos existenciais, porque a própria experiência humana é rica de manifestações dessa ordem. A atitude, porém, do indivíduo diante delas, é que define o seu futuro, mesmo quando venha a mudar de conduta emocional. Não raro, os danos já estão causados às tecelagens delicadas da aparelhagem geradora das células, na área da energia que elabora as moléculas.
Pode-se observar que, antes do surgimento ou instalação de diversas doenças, o paciente se permitiu desconsertos íntimos, anelou pelo abandono da luta material, sentiu-se esgotado pela sucessão de tormentos e dores morais, permitindo-se o desânimo desgastante.
A consciência da realidade espiritual do ser auxilia-o a esforçar-se para continuar a viver no corpo, quanto lhe esteja destinado, sabendo, não obstante, que desencarnará, como é natural, todavia, utilizando-se de todos os valiosos recursos da própria existência, a fim de torná-la mais digna e apetecida.
Esse comportamento contribui de maneira expressiva para o seu restabelecimento, para a sua recuperação imediata e a sua cura mais tarde, ainda que venha a liberar-se da máquina física no momento próprio. (Dias gloriosos. Cap. 7. Recuperação e Cura. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco)
Segundo Léon Denis, "A dor física é, em geral, um aviso da Natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo. Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Iria cada vez lavrando mais, invadir-nos-ia e secaria em nós as fontes da vida. Ainda quando, persistindo em desconhecer os avisos repetidos da Natureza, deixamos a doença desenvolver-se em nós, pode ela ser um benefício, se, causada por nossos abusos e vícios, nos ensinar a detestá-los e a corrigir-nos deles. É necessário sofrer para nos conhecermos e conhecermos bem a vida.
Epicteto, que gostamos de citar, dizia também: "falso dizer-se que a saúde é um bem e a doença um mal. Usar bem da saúde é um bem; usar mal é um mal. De tudo se tira o bem, até da própria morte".
As almas fracas, a doença ensina a paciência, a sabedoria, o governo de si mesmas. As almas fortes pode oferecer compensações de ideal, deixando ao Espírito o livre voo de suas aspirações até ao ponto de esquecer os sofrimentos físicos.
(...) O primeiro movimento do homem infeliz é revoltar-se sob os golpes da sorte. Mais tarde, porém, depois de o Espírito ter subido os aclives e quando contempla o escabroso caminho percorrido, o desfiladeiro movediço de suas existências, é com um enternecimento alegre que se lembra das provas, das tribulações com cujo auxílio pôde alcançar o cimo. Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso eu, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento. Veríamos que ela fere sempre a corda sensível.
A mão que dirige o cinzel é a de um artista incomparável, não se cansa de trabalhar, enquanto não tem arredondado, polido, desbastado as arestas de nosso caráter. Para isso voltará tantas vezes à carga quantas sejam necessárias.
E, sob a ação das marteladas repetidas, forçosamente a arrogância e a personalidade excessiva hão de cair neste indivíduo; a moleza, a apatia e a indiferença desaparecerão em outro; a dureza, a cólera e o furor, num terceiro.
Para todos terá processos diferentes, infinitamente variados segundo os indivíduos, mas em todos agirá com eficácia, de modo a provocar ou desenvolver a sensibilidade, a delicadeza, a bondade, a ternura, a fazer sair das dilacerações e das lágrimas alguma qualidade desconhecida que dormia silenciosa no fundo do ser ou então uma nobreza nova, adorno da alma, para sempre adquirida.
Quanto mais esta sobe, cresce, se faz bela, tanto mais a dor se espiritualiza e torna sutil. Os maus precisam de numerosas operações como as árvores de muitas flores para produzirem alguns frutos. Porém, quanto mais o ser humano se aperfeiçoa, tanto mais admiráveis se tornam nele os frutos da dor.
(...) Por mais admirável que possa parecer à primeira vista, a dor é apenas um meio de que usa o Poder Infinito para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura. É, pois, realmente, pelo amor que nos tem, que Deus envia o sofrimento. Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser verdadeiras, completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
(...) A dor será necessária enquanto homem não tiver posto o seu pensamento e os seus atos de acordo com as leis eternas; deixará de se fazer sentir logo que se fizer a harmonia. Todos os nossos males provêm de agirmos num sentido oposto à corrente divina; se tornarmos a entrar nessa corrente, a dor desaparece com as causas que a fizeram nascer.
Por muito tempo ainda a Humanidade terrestre, ignorante das leis superiores, inconsciente do futuro e do dever, precisará da dor para estimulá-la na sua via, para transformar o que nela predomina, os instintos primitivos e grosseiros, em sentimentos puros e generosos. Por muito tempo terá o homem de passar pela iniciação amarga para chegar ao conhecimento de si mesmo e do alvo a que deve mirar. Presentemente ele só cogita de aplicar suas faculdades e energias em combater o sofrimento no plano físico, a aumentar o bem-estar e a riqueza, a tornar mais agradáveis as condições da vida material; mas, será em vão. Os sofrimentos poderão variar, deslocar-se, mudar de aspecto ; a dor persistirá, enquanto o egoísmo e o interesse regerem as sociedades terrestres, enquanto o pensamento se desviar das coisas profundas, enquanto a flor da alma não tiver desabrochado." (O problema do ser, do Destino e da dor. Cap. 26. Léon Denis)
"Todos os males da vida concorrem para o nosso aperfeiçoamento. Pela humilhação, pelas enfermidades, pelos revezes, lentamente, o melhor se separa do pior. É por isso que nesse mundo há mais sofrimento que alegria. A prova tempera os caracteres, afina os sentimentos, doma as almas fogosas ou altivas. "(Depois da morte. Cap.13. Léon Denis)
Segundo Chico Xavier, " Na realidade, toda doença no corpo é processo de cura para a alma…
A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente, o Espírito quer jogar para fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo..."(O Evangelho de Chico Xavier. Item 312 e 313. Chico Xavier/ Carlos A. Baccelli )
"As considerações que acabamos de fazer demonstram que, para assegurar a depuração fluídica e o bom estado moral do ser, tem-se de estabelecer uma disciplina do pensamento, de se seguir uma higiene da alma, assim como é preciso observar uma higiene física para manter a saúde do corpo. "(O problema do ser, do Destino, da dor. Cap. 19. Léon Denis).
Tabela - 27 passagens sobre as Curas de Jesus
Curas de Jesus |
Citações Bíblicas |
Cura do filho do oficial do rei |
João 4:46-54 |
Cura do Servo do Centurião |
Mateus 8:5-13/ Lucas 7:1-10 |
Cura da sogra de Pedro |
Marcos 1:29-31/ Lucas 4:38-41/Mateus 8:14-15 |
Cura do homem de mão ressequida |
Marcos 3:1-5/ Mateus 12:9-13/ Lucas 6:6-10 |
Cura do paralítico de Cafarnaum |
Marcos 2:1-12 /Mateus 9:1-8/Lucas 5:17-26 |
Cura do paralítico de Betesda |
João 5:1-15 |
Cura da mulher hemorroíssa |
Marcos 5:25-34/ Lucas 8:43-48/ Mateus 9:20-22 |
Cura da mulher cananéia (siro-fenícia) |
Marcos 7:24-30/ Mateus 15:21-28 |
Cura da mulher encurvada |
Lucas 13:10-17 |
Cura de um surdo e gago |
Marcos 7:31-37 |
Cura de dois cegos na Galiléia |
Mateus 9:27-31 |
Cura de dois cegos de Jericó |
Mateus 20:29-34 / Marcos 10:46-52 |
Cura do cego de Betsaida |
Marcos 8:22-26 |
Cura do cego de nascença |
João 9:1-34 |
Cura do cego Bartimeu |
Marcos 10:46-52/ Lucas 18:35-43 |
Cura do hidrópico |
Lucas 14:1-4 |
Cura de um leproso |
Marcos 1:40-45/ Mateus 8:2-4/Lucas 5:12-15 |
Cura dos dez leprosos |
Lucas 17:11-19 |
Cura do endemoninhado de Cafarnaum |
Marcos 1:23-27/ Lucas 4:31-37 |
Cura do endemoniado mudo |
Mateus 9: 32-33 / Lucas 11:14-16 |
Cura do endemoninhado cego e mudo |
Mateus 12:22-32 |
Cura do endemoninhado epilético |
Mateus17:l4-18 / Marcos 9:14-29 / Lucas 9:38-42 |
Cura do endemoninhado Gadareno |
Marcos 5:1-21/ Lucas 8:26-39 |
Ressurreição do filho da viúva de Naim |
Lucas 7:11-17 |
Ressurreição da filha de Jairo |
Marcos 5:22-24 , 35-43 / Mateus 9:18, 23-26/ Lucas 8:41-42, 49-56 |
Ressurreição de Lázaro |
João 11:17-44 |
Restauração da orelha de Malco |
Lucas 22:49-51/ João 18:10-11/ Lucas 22:49-51 |
Bibliografia:
- A Gênese. Cap. 14: Itens 31, 32, 33 e 34 / Cap. 15: Itens 2, 11, 13, 15, 21, 25 e 35. Allan Kardec.
- O Céu e o Inferno. Primeira parte. Cap. 7 - Código penal da vida futura. Item 12 e 13. Allan Kardec.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Item 84. Allan Kardec.
- Revista Espírita. Julho de 1865. Questões e Problemas. Cura moral dos encarnados/Setembro de 1865. Cura de uma Fratura pela Magnetização Espiritual. Allan Kardec.
- Revista Espírita. Fevereiro de 1867. As três causas principais das doenças. Dr. Morel Lavalleé. Médium: Sr. Desliens. Allan Kardec.
- Revista Espírita. Março de 1868. Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Allan Kardec.
- Depois da morte. Cap. 6, 13, 21, 32. Léon Denis.
- O problema do ser, do Destino e da dor. Cap. 19 e 26. Léon Denis.
- Leis de amor. Cap.1: Questões 2, 5, 10, 11, 12 e 13/ Cap.7: Questões 1,2, 3, 8, 9, 10, e 11.Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira .
- Missionários da Luz. Cap. 19. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.
- Evolução em dois mundos. Cap. 39 e 40 . Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier/ Waldo Vieira.
- O Consolador. Questão 96. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.
- Plantão de respostas. Item 15 e 25. Espírito Emmanuel. Entrevista de Chico Xavier.
- O Evangelho de Chico Xavier. Item 312 e 313. Chico Xavier/ Carlos A. Baccelli .
- O Evangelho dos Humildes. Cap. 9. Eliseu Rigonatti.
- Em torno do Mestre. O Médico das almas. Vinicius.
- Na Seara do Mestre. O cego de nascença. Vinicius .
- Parábolas e ensinos de Jesus. O Paralítico da piscina. Cairbar Schutel.
- O Espírito do Cristianismo. Cap. 61-O cego de Betsaida. Cairbar Schutel.
- Os padrões evangélicos. Curas pela fé. Bartimeu, o Cego. Paulo Alves Godoy.
- Evolução para o terceiro Milênio. Cap.5. Item 19 / Cap. 5. Item 17. Carlos Toledo Rizzini.
- Amor, imbatível amor. Cap. 45 - Doenças da alma. Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco.
- O ser consciente. Cap. 7. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco .
- Dias gloriosos. Cap. 7. Recuperação e Cura. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco.
- Saúde. Meditação. Espírito Miramez. João Nunes Maia.
- Site:https://www.unasus.gov.br/noticia/dia-mundial-da-saude. Data da consulta: 01-12-20.