Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 119 - A cura dos dez leprosos - A ingratidão
Ciclo 1 - História: Cura de dez leprosos - Atividade: ESE - Cap. 13 - 9. Benefícios pagos com ingratidão.
Ciclo 2 - História: A gratidão do leproso - Atividade: PH - Jesus - 79. Os dez leprosos.
Ciclo 3 - História: Novo filho, novo irmão! - Atividade: PH - Jesus - 80. A gratidão do leproso.
Mocidade - História: Rendição - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo: Motivos para agradecer.
Dinâmicas: Potinho da gratidão; Por que devemos agradecer?; Agradecimentos esquecidos.
Mensagens espíritas: Gratidão; Ingratidão.
Sugestão de vídeos: - História: Conta e reconta - A gratidão de Pepeu. (Dica: pesquise no Youtube)
- História: Onde estão os nove? Episódio 11 (Dica: pesquise no Youtube).
- Música: Pequenos cantores de Apurarama - Coral ECO - A cura dos dez leprosos (Dica: pesquise no Youtube).
Sugestão de livro infantil: O segredo do passarinho Pepeu. Eunice Canine. Editora Luz e vida.
Leitura da Bíblia: Salmos - Capítulo 103
103.2 Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!
Efésios - Capítulo 5
5.20 Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre todas as coisas a Deus, o Pai.
Lucas - Capítulo 17
17.11 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;
17.12 E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe;
17.13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
17.14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
17.15 E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;
17.16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.
17.17 E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
17.18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?
17.19 E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.
Tópicos a serem abordados:
- A lepra ou hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen, que pode afetar o sistema nervoso e a pele ,ocasionando manchas esbranquiçadas no corpo. A lepra é transmitida por gotículas de saliva, durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. A bactéria causadora da moléstia foi identificada pelo norueguês Armauer Hansen em 1873. Apesar de ser considerada uma doença grave, possui cura se for tratada adequadamente. Desde 1995, o tratamento é gratuitamente oferecido para os pacientes do mundo todo.
- No entanto, antigamente esta doença não tinha cura e era associada ao pecado, à impureza, à desonra. Por falta de um conhecimento específico, a hanseníase era muitas vezes confundida com outras doenças, principalmente as de pele. Os portadores da lepra eram discriminados e rejeitados pela sociedade. Além disso, por serem considerados impuros , deveriam permanecer em locais isolados da sociedade, onde sofriam na solidão e quase no total abandono.
- No trecho do Evangelho de Lucas , vamos encontrar o querido mestre diante de dez leprosos, os portadores antigos do mal de Hansen. Os doentes observavam Jesus de longe, sem coragem de se aproximarem, seguindo as normas sociais da época. Mas o Cristo, cheio de misericórdia, mandou que eles se apresentassem aos sacerdotes para que pudessem ser considerados purificados e se reinserir na sociedade de origem ( conforme determinava a lei mosaica) . E enquanto se dirigiam para o templo, ficaram curados e se maravilharam disso. Entretanto, dos dez, apenas um retornou para agradecer ao Senhor . Jesus, vendo-o, questionou: não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? E sem aguardar resposta, disse: vá, a tua fé te curou. Dizendo isto, dá a entender que o mesmo não aconteceu aos outros.
- Curando indistintamente os judeus e os samaritanos, Jesus dava, ao mesmo tempo, uma lição e um exemplo de tolerância; e fazendo ressaltar que só o samaritano voltara a glorificar a Deus, mostrava que havia nele maior soma de verdadeira fé e de reconhecimento, do que os que se diziam cumpridores fiéis das leis divinas . A fé é filha do amor. Do amor se originam todas as virtudes. A fé é força, e, como tal, é ativa. Ela atrai os fluídos benéficos que promovem a cura.
- As doenças com as quais nascemos ou adquirimos ao longo da vida, de um modo geral, com naturais exceções, são convites a uma reflexão, a uma tomada de decisão e, principalmente, a uma mudança de postura da nossa parte. No entanto, nem sempre as pessoas reconhecem esta oportunidade, e quando são curadas, agem com ingratidão, assim como fizeram os demais leprosos. Embora a intervenção do alto se dê indistintamente, poucos são aqueles que conseguem a cura real e aproveitam as divinas concessões para purificar a alma nos caminhos da vida. Poucos são os que conseguem se libertar da enfermidade, pois para que a cura total se realize é necessário a melhoria moral do indivíduo; é preciso eliminar o orgulho e o egoísmo, que são a fonte de todos os males .
- A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. A falta de gratidão pelo benefícios que recebeu, apresenta-se como grave imperfeição da alma, que deve ser corrigida. O ingrato, por considerar-se autossuficiente, pensa que consegue fazer tudo sozinho. Entretanto, o homem necessita do próximo desde que vê a luz do mundo até o último instante de sua existência. Aos nascer, se fôsse abandonado, sucumbiria. Para tornar-se adulto, precisa também da ajuda dos outros , pois, sozinho, jamais poderia desenvolver suas qualidades. Apesar disso, são raros os que já aprenderam a ser gratos àqueles que, de uma forma ou de outra, os ajudam a realizar-se.
-Todas as noites, ao elevarmos o pensamento ao nosso pai celestial, deveríamos recordar em nosso íntimo os favores que Ele nos fez durante o dia e agradecer-lhos. A gratidão não custa nada e possui um imenso valor. Entretanto, poucos são os que sabem agradecer pela ternura de nossa mãe; pelo carinho do irmão; pela devoção do mestre; pela generosidade do amigo; pela paciência do médico; pela tolerância do enfermeiro; pela cura que vem do Senhor. E, ainda mais raros são aqueles que agradecem pela bênção da reencarnação, que nos ajuda a esquecer o mal e replantar o bem, considerando que todos nós somos espíritos endividados perante a lei divina .
- Muitas são as almas reconhecidas, mas poucas são as que têm gratidão. A gratidão grava a idéia do bem e mantém, pelo autor do benefício, vivo o sentimento de carinho. Ela nos conduz ao amor e nos eleva a Deus.O reconhecimento lembra a idéia do benefício; nele só age o interesse. Dos dez leprosos curados, só um voltou a dar graças ao Senhor. De todos os restabelecidos pelo Senhor não se contam, talvez, três, que lhe seguissem os Seus passos. De todos os que ouviram dos melodiosos lábios a Palavra de Salvação, insignificante foi o número dos agradecidos; Aliás, inúmeros foram os que reconheceram Jesus como "O Filho de Deus ", mas rejeitaram a Sua Palavra Divina.
- Ai daquele que é ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; sofrerá o que houver feito aos outros, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra vida. Apesar disso, devemos sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que não serão agradecidos. O bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. O reconhecimento que devemos buscar é o da própria consciência. Não importa a ingratidão dos outros. Os teus beneficiários que te abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti, aprenderão com a vida e compreenderão, mais tarde, o que fizeram. Se Deus permite, por vezes, que sejam pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.
Perguntas para fixação:
1. O que é a lepra (hanseníase)?
2. Como é transmitida a hanseníase?
3. Por que antigamente aqueles que possuíam lepra eram rejeitados pela sociedade?
4. Quantos leprosos Jesus curou?
5. Por que era preciso apresentar-se ao sacerdote após ter sido curado da lepra?
6. Qual dos leprosos retornou para agradecer o Mestre pela Sua ajuda?
7. Por que apenas o Samaritano retornou para agradecer?
8. Qual foi a atitude que mostra que os demais leprosos não modificaram o seu coração?
9. Para que a cura se realize totalmente o que é necessário fazer?
10. O que é a ingratidão?
11. Qual a diferença entre a gratidão e o reconhecimento?
12. O que acontecerá com aquele que foi ingrato?
13. Por que devemos continuar fazendo o bem ,mesmo se formos pagos com a ingratidão?
Subsídio para o Evangelizador:
Hanseníase, lepra, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen ) que causa danos severos a nervos e à pele. A denominação hanseníase deve-se ao descobridor do microrganismo causador da doença, Dr. Gerhard Hansen. O termo lepra está em desuso por sua conotação negativa histórica.
A hanseníase é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas (1). O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico. Pode atingir crianças, adultos e idosos, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Pode causar incapacidade ou deformidades quando não tratada ou tratada tardiamente, mas tem cura. O tratamento (2) geralmente é fornecido por sistemas públicos de saúde.
A lepra é transmitida por gotículas de saliva . O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto. A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. (...) Noventa por cento (90%) da população exposta à bactéria tem resistência ao bacilo de Hansen ( M. leprae ), causador da hanseníase, e conseguem controlar a infecção sem sintomas. As formas contagiantes são a lepromatosa/virchowiana/multibacilar e a limítrofe/borderline. Após 15 dias de tratamento os portadores já não transmitem mais a lepra. (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lepra)
(...) Antigamente a enfermidade era associada ao pecado, à impureza, à desonra. Por falta de um conhecimento específico, a hanseníase era muitas vezes confundida com outras doenças, principalmente as de pele e venéreas. Daí o preconceito em relação ao seu portador: a trasmissão da doença pressupunha um contato corporal, muitas vezes de natureza sexual e, portanto, pecaminoso.
Narrativas religiosas associavam as marcas na carne aos desvios da alma: eram os sacerdotes, e não os médicos, que davam o diagnóstico. No Velho Testamento, o rei Uzziah foi punido por Deus com a doença, por ter realizado uma cerimônia exclusiva aos sacerdotes. Mesmo sendo rei, teve que ir morar numa casa isolada e não foi enterrado no cemitério dos soberanos. Já no Novo Testamento, é marcante o episódio em que Cristo “limpa” um leproso.
Quando não eram enviados para leprosários e excluídos da sociedade, os doentes não podiam entrar em igrejas, tinham que usar luvas e roupas especiais, carregar sinetas ou matracas que anunciassem sua preseça e, para pedir esmolas, precisavam colocar um saco amarrado na ponta de uma longa vara. Não havia cura e ninguém queria um leproso por perto!
Somente em 1873, a bactéria causadora da moléstia foi identificada pelo norueguês Armauer Hansen, e as crenças de que a doença era hereditária, fruto do pecado ou castigo divino foram afastadas. Porém, o preconceito persistiu, e a exclusão social dos acometidos foi até mesmo reforçada pela teoria de que o confinamento dos doentes era o caminho para a extinção do mal. (https://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1182&sid=7)
No Brasil, até meados do século XX, os doentes eram obrigados a se isolar em leprosários e tinham seus pertences queimados, uma política que visava muito mais ao afastamento dos portadores do que a um tratamento efetivo. Nesta época existiram leis para que os portadores de lepra fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários, a exemplo do Sanatório Aimorés em Bauru, SP), o Hospital do Pirapitingui (Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes) e o Hospital Curupaiti em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A Lei nº 610/1949 que estabelecia a "internação compulsória" foi revogada em 1968 , por meio da Lei nº 5.511, de 15 de outubro daquele ano, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos. (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lepra)
O avanço das pesquisas comprovou que a hanseníase nem é uma doença tão contagiosa assim. Terapias foram desenvolvidas e, em 1981, a OMS passou a recomendar a poliquimioterapia. Em muitos paises desenvolvidos, a hanseníase já foi erradicada.
Desde 1995, o tratamento é gratuitamente oferecido para os pacientes do mundo todo, e, nesse mesmo ano, no Brasil, o termo lepra e seus derivados foram proibidos de serem empregados nos documentos oficiais da Administração, em uma tentativa de reduzir o estigma da doença.
Esse estigma, porém, vai muito além da denominação. Associada ao pecado na Antiguidade, a hanseníase hoje evidencia desigualdades sociais, afetando sobretudo as regiões mais carentes do mundo. Por isso, o preconceito persiste e muitas pessoas ainda acreditam que apenas os pobres adquirem a doença. No entanto, apesar de ser trasmitida mais facilmente quando as condições sanitárias e de habitação não são adequadas, a hanseníase não escolhe, nem nunca escolheu, classe social. (https://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1182&sid=7)
Sob o aspecto da Doutrina Espírita, esta doença pode ser vista da seguinte forma: " O leproso de hoje contaminou-se espiritualmente em pretérito próximo. Ontem, soberbo e egoísta, banhou-se nas lágrimas dos oprimidos, abusando do corpo como os ventos bravios das tamareiras solitárias. Retornou aos caminhos de tormento em si mesmo atormentado, para ressarcir penosamente. O legado que hoje recebeu é de responsabilidade antes que de merecimento. O Pai misericordioso não deseja a punição do filho rebelde ou ingrato, mas a sua renovação...(Primícias do Reino. Cap. 13. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco)
Além disso, o Espírito Saturnino, quando esteve numa casa onde havia 200 portadores do mal de Hansen, faz o seguinte esclarecimento:
" — O sofrimento, sob qualquer forma em que se apresente, é bênção. Para que, no entanto, beneficie aquele que o experimenta, faz-se indispensável ser acompanhado pela resignação, pela humildade, pela valorização da própria dor. Não basta, portanto, sofrer, mas bem sofrer, libertando-se das causas matrizes da aflição. É muito comum encontrar-se o homem experimentando o impositivo do resgate, sob nuvens de ira e desesperação, com as quais aumenta, graças à rebeldia e à queixa injustificáveis, o fardo das dívidas. Por essa razão, há redutos de reeducação no Além da carne, como dentro das paredes carnais: regiões em que se aglutinam os comparsas dos diversos departamentos do crime para resgatarem, em clima de afinidade, os desastres cometidos contra a Lei e a Justiça Soberanas. E para encerrar os esclarecimentos, concluiu:
— Nesta Casa, como em outras similares, desfilam os que afrontaram o corpo, desrespeitando-lhe as fontes de vida; os que esmagaram outras vidas, enquanto possuíam nas mãos as rédeas do poder; os que fecharam ouvidos e olhos ao clamor das multidões esfaimadas e enlouquecidas de dor; mãos que ergueram o relho e dilaceraram; corações que se empedraram na indiferença, enquanto fruía o licor da fortuna, da nobreza mentirosa, da beleza em trânsito na forma; os fomentadores do ódio, os soberbos, os orgulhosos, alguns suicidas calcetas inveterados, em constante tentação para desertar do fardo outra vez... Em purgatório carnal, podem transitar para as Regiões da Luz ou para os Abismos da Treva, dependendo da livre escolha de que dispõem os que expungem com resignação ou com revolta...". (Nos bastidores da obsessão. Cap. 9. Manoel Philomeno de Miranda. Divaldo P. Franco )
A enfermidade tsar’at , traduzida por lepra, é descrita com detalhes em Lv 13 , mas a descrição podia, e provavelmente incluía mesmo, outras doenças de pele. (…) O próprio termo também é aplicado às vestes e às casas ( Lv 14.55 ) e parece ter sido geralmente empregado para escrever algo que era cerimonialmente impuro. Quando um leproso era “purificado” e assim pronunciado pelo sacerdote, é provável que a condição era autolimitadora, e não aquilo que atualmente chamaríamos de lepra , isto é, uma enfermidade causada por uma bactéria específica. (O novo dicionário da Bíblia. Doença e cura / e- Lepra. J. D. Douglas)
Em Lucas 17:11-19 vamos encontrar o mestre diante de dez leprosos, os portadores antigos do mal de Hansen da atualidade, infecção bacteriana (...) que naquela época era desconhecida. Essa doença caracteriza-se por afetar, predominantemente, o sistema nervoso e tegumentar (a pele e camadas mais superficiais), gerando lesões de grande impacto e sofrimento, nas fases mais avançadas da doença. Sem acesso à real compreensão da moléstia, os portadores da Lepra eram discriminados e estigmatizados pela sociedade, que os considerava impuros e os proscrevia em sociedades isoladas da comunidade majoritária, nos chamados vales dos leprosos, onde sofriam na solidão e no quase total abandono o avanço da doença. Aqueles doentes observavam Jesus de longe, sem coragem de se aproximarem, seguindo os preceitos sociais da época. O Cristo, em nova postura terapêutica, vendo-os se compadece e manda que eles se dirijam ao sacerdote e a ele se apresentem (3). Mandava a lei mosaica que quando um leproso fosse curado pelo poder divino, que ele devia se apresentar ao sacerdote para que fosse considerado purificado e pudesse se reinserir na sociedade de origem. Enquanto se dirigiam para o templo, ficaram curados e se maravilharam disso. Dos dez, apenas um retornou a agradecer ao senhor e a bendizer-lhe a intervenção divina. Jesus, vendo-o, questionou: não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? E sem aguardar resposta disse: vá, a tua fé te curou. Embora a intervenção do alto se dê indistintamente, poucos são aqueles que cogitam de cura real e aproveitam das divinas concessões para purificar a alma nos caminhos da vida. O amor de Deus, disponível a justos e injustos, testemunha aquilo que Jesus afirmou, ao repetir as palavras do profeta Oséias: “misericórdia quero, e não sacrifício” (Oséias 6:6 e Mateus 9:13). A Hanseníase, nesse contexto, simboliza tudo aquilo que isola e afasta o homem do convívio sadio com os seus, com a sociedade de que faz parte, no cumprimento de seu papel e sua missão. A pele é símbolo da troca, do afeto. É o que nos limita e nos separa do outro, mas também é a fonte da sensibilidade e da percepção a interação com o meio, bem como o sistema nervoso representa a fonte de orientação e ação, o guia e controlador do corpo.
Nessa interpretação, os hansenianos simbolizam a doença da separatividade, do isolamento, do preconceito e discriminação, em todas as formas que ela se apresente. Curando-os, Jesus convida a toda a sociedade a se reinserir no seu papel co-criador, a curar as relações que são a fonte da vida e se restabelecer na expressão da sensibilidade e do afeto inerentes às almas que se conectam com a fonte de compaixão, ternura e misericórdia que emana do Pai. (Artigo: A cura na visão Espírita. Uma análise baseada nas curas de Jesus. Andrei Moreira - Médico generalista integrante de uma equipe do PSF em BH/MG Presidente da Associação Médico-Espírita de MG. www.amemg.com.br)
Como se explica o fato de a cura destes leprosos ter despertado precisamente no samaritano, tido como herege, um avivamento íntimo que não se produziu nos demais?
Porque não ficaram os nove judeus possuídos do mesmo entusiasmo, do mesmo ardor sagrado, que invadiu o coração do samaritano? Porque não vieram, como ele, transbordantes de júbilo, render graças ao seu benfeitor? Não receberam, acaso, o mesmo benefício? Porque não experimentaram, como era natural, necessidade de se expandirem em demonstrações positivas de gratidão, sentimento este, tão nobre e tão belo? "Qual a razão desta razão?" Encontramos a resposta na qualidade da fé alimentada pelos leprosos.
A dos nove judeus era a fé falseada em sua natureza, adstrita aos dogmas e às ordenanças duma igreja sectária.
A fé pura não se amolda às veleidades e aos preconceitos dos homens. Não se deixa, igualmente, encarcerar entre os acanhados âmbitos dos credos exclusivistas.
Como potência, como força viva que é, requer expansão, requer liberdade. Só no imensurável ela vive e medra. Pretender cercear-lhe o curso é rematada insânia. Não será, jamais, o homem que há-de influir sobre a fé: é a fé que há-de influir sobre o homem, renovando-o continuamente.
A fé, como o amor, é livre e irredutível. Dizei ao rouxinol que não cante; ao Sol que não ilumine, nem aqueça; às chuvas que não fecundem a terra; às ondas do mar que se aquietem e repousem; ao vento que não sussurre; à flor que não exale seus perfumes; talvez sejais obedecidos. Porém, jamais ordeneis ao coração que não ame, ou que o faça apenas dentro de limites fixados; ele nunca vos obedecerá, porque o coração foi criado para o amor, e o amor é poder, é força inexaurível que se expande no infinito. Nada embargará seus passos.
Com a fé sucede o mesmo: ela é filha do amor. Do amor se originam todas as virtudes. Encarcerar a fé, nos mesquinhos limites dum credo, é vão tentame: jamais ela se deixará aprisionar. A fé é força, e, como tal, é ativa. Ela transforma e reforma o homem promovendo sua ascensão para estágios sempre mais elevados. É a fé que desperta os sentimentos, que avigora a vontade, que sustenta a razão, que purifica a mente. Daí, o dizer de Jesus ao samaritano humilde, em cujo coração verificara a existência da preciosa graça divina: "A tua fé te salvou." Salvou, sim, porque ela fêz desabrochar na alma do samaritano o valor, a alegria sã, a gratidão. Jamais aquele homem se apartaria daquela força sideral; estava com ela, era dele porque ele se lhe havia entregado, sem restrições. Sua ação, dali em diante, orientar-se-ia por essa luz do céu, que é a fé. Não seria mais autômato, como os escravos do dogma. Agiria livremente, ao influxo da mesma liberdade. Por isso, enquanto os nove sectários demandavam, maquinalmente, o templo e os sacerdotes, para se desobrigarem dum preceito ritualístico, o samaritano recebia o aplauso valioso do Divino Mestre, que se comprazia em o louvar. (Nas pegadas do Mestre. O leproso samaritano. Vinicius)
De acordo com Antônio Luiz Sayão, (...) "ensinou Jesus que não basta, a quem quer que seja, haver nascido sob uma doutrina religiosa qualquer, aceitar, praticar mesmo seus dogmas, para adquirir méritos perante o Senhor; que o seu manto de misericórdia se estende sobre todos, sem distinguir o Samaritano do Judeu, o ortodoxo do herético, conforme Ele tornou claro no seu colóquio com a Samaritana (Evangelho de João, capítulo 4º), onde mostrou aos homens que, para o Pai, não há heréticos, nem ortodoxos, mas tão-somente filhos mais ou menos amorosos, mais ou menos submissos, aos quais Ele transmite suas instruções, sejam quais forem as crenças que professem, a pátria onde tenham nascido, uma vez que seus corações os encaminhem para Ele e que se revelem prontos a receber os ensinos, as graças que Ele lhes manda e que abrem ao Espírito as sendas do progresso, assim de ordem física, como de ordem moral e intelectual e o levam à perfeição.
(...) Quanto à cura dos leprosos, operou-a como todas as outras de que tratam os Evangelhos e como já deixamos explicado, uma ação fluídica exercida por Jesus sobre os doentes. "(Elucidações Evangélicas. Cap. 118. Antônio Luiz Sayão)
Segundo Allan Kardec, "Os samaritanos eram cismáticos, mais ou menos como os protestantes com relação aos católicos, e os judeus os tinham em desprezo, como heréticos. Curando indistintamente os judeus e os samaritanos, dava Jesus, ao mesmo tempo, uma lição e um exemplo de tolerância; e fazendo ressaltar que só o samaritano voltara a glorificar a Deus, mostrava que havia nele maior soma de verdadeira fé e de reconhecimento, do que nos que se diziam ortodoxos. Acrescentando: «Tua fé te salvou», fez ver que Deus considera o que há no âmago do coração e não a forma exterior da adoração.
Entretanto, também os outros tinham sido curados. Fora mister que tal se verificasse, para que ele pudesse dar a lição que tinha em vista e tornar-lhes evidente a ingratidão. Quem sabe, porém, o que daí lhes haja resultado; quem sabe se eles terão se beneficiado da graça que lhes foi concedida? Dizendo ao samaritano: «Tua fé te salvou», dá Jesus a entender que o mesmo não aconteceu aos outros. "(A Gênese. Cap. 15. Item 17. Allan Kardec)
O homem facilmente esquece o bem, para, de preferência, lembrar-se do que o aflige. Se registrássemos, dia a dia, os benéficos de que somos objeto, sem os havermos pedido, ficaríamos, com freqüência, espantados de termos recebido tantos e tantos que se nos varreram da memória, e nos sentiríamos humilhados com a nossa ingratidão.
Todas as noites, ao elevarmos a Deus a nossa alma, devemos recordar em nosso íntimo os favores que Ele nos fez durante o dia e agradecer-lhos. Sobretudo no momento mesmo em que experimentamos o efeito da sua bondade e da sua proteção, é que nos cumpre, por um movimento espontâneo, testemunhar-lhe a nossa gratidão.
(...) Não consistem os benefícios de Deus unicamente em coisas materiais. Devemos também agradecer-lhe as boas idéias, as felizes inspirações que recebemos. Ao passo que o egoísta atribui tudo isso aos seus méritos pessoais e o incrédulo ao acaso, aquele que tem fé rende graças a Deus e aos bons Espíritos. São desnecessárias, para esse efeito, longas frases.
"Obrigado, meu Deus, pelo bom pensamento que me foi inspirado”, diz mais do que multas palavras. O impulso espontâneo, que nos faz atribuir a Deus o que de bom nos sucede, dá testemunho de um ato de reconhecimento e de humildade, que nos granjeia a simpatia dos bons Espíritos. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Item 28. Allan Kardec)
O verbete gratidão vem do latim grafia que significa literalmente graça, ou gratus que se traduz como agradável. Por extensão, significa reconhecimento agradável por tudo quanto se recebe ou lhe é concedido.
A ciência da gratidão surge como a mais elevada expressão do amadurecimento psicológico do indivíduo, que o propele à vivência do sentimento enobrecido.
Os hábitos de receber-se ajuda e proteção desde o momento da fecundação, passando pelos diversos períodos do desenvolvimento fetal até a idade adulta, sem a consciência do que lhe é oferecido, encarregam-se de construir o ego interessado exclusivamente em fruir sem maiores responsabilidades.
Acumulando os favores que o promovem, somente adquire noção de valor do que lhe é oferecido quando o discernimento aflora na personalidade e o convoca, por sua vez, à contribuição pessoal. Não acostumado, porém, a repartir, torna-se soberbo e presunçoso, atribuindo-se méritos que realmente ainda não conseguiu amealhar.
À medida que os instintos abrem espaço para as emoções, o amor ensaia os seus primeiros passos em forma de bondade e de gentileza para com os outros, caracterizando o desenvolvimento ético-moral. O amor assinala-se, nessa fase, através do anseio de servir, de contribuir, de gratular...
Nessa fase, a da gratulação, o significado existencial torna-se relevante, proporcionando a mudança do comportamento egoísta e ensaiando as primeiras manifestações de gentileza, de altruísmo.
Quanto mais se desenvolve o sentimento afetivo, mais expressivo se faz o sentido retributivo.
No começo, trata-se de uma emoção-dever, que auxilia na libertação da ânsia de acumular e de reter. O discernimento faculta a compreensão de que tudo é movimento no Universo, uma forma de dar e de receber, de conceder e de retribuir, e qualquer conduta estanque é propiciatória à instalação de enfermidades, desajustes e morte.
A recompensa, maneira simplista de retribuição, apresenta-se como passo inicial para a futura gratidão.
Raramente ocorre ao adulto a emoção espontânea de agradecer, isto é, de bendizer todos aqueles que contribuíram de maneira automática, é certo, mas também pela afetividade, para que ele alcançasse o patamar da existência no qual se movimenta. Quando se conscientiza dessa evocação, um hino de alegria canta no seu mundo íntimo. Não há lugar para exigência diante de qualquer carência ou reclamação por não haver fruído determinadas benesses que antes lhe pareciam de real importância. Reflexiona que também age pela força dos hábitos adquiridos em favor de outras vidas, da ordem, do progresso, do bem, ou, infelizmente, pelos fenômenos perturbadores que assolam a sociedade... Descobre-se localizado no contexto social, um tanto amorfo sem o sentido existencial feliz, deixando-se conduzir ou arrastar pela correnteza dos acontecimentos...
O despertamento para a gratidão inicia-se por uma forma de louvor a tudo e a todos.
O santo seráfico de Assis, ao atingir o estado numinoso, de imediato exaltou na sua volata de gratidão, ora doce, ora suave, o hino em favor de todas as criaturas: irmão Sol, irmã Lua, irmã chuva, vegetais, animais e tudo quanto vibra e glorifica a criação.
Quanto mais exaltava o que a muitos parece insignificante ou destituído de valor, a sua riqueza gratulatória conseguia dignificar, exaltando-lhes as qualidades.
Certamente, conforme acentuou um filósofo popular, a beleza da paisagem encontra-se nos olhos daquele que a contempla. Não é exatamente assim o que ocorre, mas existe uma dose alta de razão no conceito, porque somente quem possui beleza e harmonia pode identificá-las onde quer que se encontrem. Não havendo essa sensibilidade no ser humano, não há como distinguir-se o banal do especial, o grotesco do belo, e assim por diante.
Claro está, portanto, que a gratidão, para ser legítima, exige que haja no íntimo da criatura esse encanto pela vida, o doce enlevo que a torna preciosa em qualquer condição que se manifeste que se compreenda a magia do existir, percebendo-se as dádivas que se multiplicam em incontáveis expressões de intercâmbio.
No sentido oposto, o ingrato é aquele que se mantém no processo de primarismo, longe da percepção do objetivo essencial da existência.
Criança maltratada que se detém na injúria e nas circunstâncias iniciais do processo de desenvolvimento ético e moral. Que se nega a crescer, acalentando ressentimentos de fatos de pequena ou grande monta, mas que encontraram aceitação emocional profunda, assinalando com revolta a experiência do desenvolvimento emocional. Ninguém se pode fecundar emocionalmente se reage aos fatores ropiciatórios do mecanismo especial de maturação. E indispensável deixar-se triturar pelas ocorrências, e superá-las mediante a autoestima e o autorreconhecimento.
A gratidão é sempre em relação a outrem, aos fenômenos existenciais, jamais ao orgulho e à presunção. Como se pode ser reconhecido a si mesmo, sem o tombo grosseiro no abismo do ego sem discernimento?
Como se ser grato ao ego, invariavelmente incapaz de liberar da sua conjuntura o Self, responsável pela magnitude do ser em aprimoramento? Tome-se como imagem para reflexão a concha bivalve da ostra que não permite seja recolhida a pérola nela acrisolada. Para que tenha sentido real, rompe-se a crosta vigorosa e esplende a gema pálida e notavelmente construída.
Muitas vezes, ou quase sempre, é através da ruptura, da fissão, que se pode encontrar, além do exterior, a pérola adormecida na intimidade de tudo: o diamante mergulhado no carvão grosseiro, a estrela escondida além da nuvem e da poeira cósmica...
Agradecer, portanto, significa inebriar-se de emoção lúcida e consciente da realidade existencial, mas não somente pelo que se recebe também pelo que se gostaria de conseguir, assim como pelo que ainda não se é emocionalmente.
Despojando-se da escravidão da posse, irisa-se o ser de bênçãos que esparze em sinfonia de gratidão.
Agradecer o bem que se frui assim como o mal que não aconteceu ainda, e, particularmente, quando suceda, fazer o mesmo, tendo em vista que somente ocorre o que é necessário para o processo de crescimento espiritual, conforme programado pela Lei de Causa e Efeito.
Gratidão é como luz na sua velocidade percorrendo os espaços e clareando todo o percurso, sem se dar conta, sem o propósito de diluir-se no facho incandescente que assinala a sua conquista.
Uma das razões fundamentais para que a gratidão se expresse é o estímulo propiciado pela humildade que faz se compreenda quanto se recebe, desde o ar que se respira gratuitamente aos nobres fenômenos automáticos do organismo, preservadores da existência.
Nessa percepção da humildade, ressuma o sentimento de alegria por tudo quanto é feito por outros, mesmo que sem ter ciência, em favor, em benefício dos demais. Essa identificação proporciona o amadurecimento psicológico, facultando compreender-se que ninguém é autossuficiente a tal ponto que não dependa de nada ou de ninguém, numa soberba que lhe expressa a fragilidade emocional.
Sem esse sentimento de identificação das manifestações gloriosas do existir, a gratulação não vai além da presunção de devolver, de nada se ficar devendo a outrem, de passar incólume pelos caminhos existenciais, sem carregar débitos...
Quando se é grato, alcança-se a individuação que liberta. Para se atingir, no entanto, esse nível, o caminho é longo, atraente, fascinante e desafiador. (Psicologia da gratidão. O significado da gratidão. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco)
Somos Espíritos endividados, com a obrigação de dar tudo, em favor da nossa renovação. Comecemos a articular idéias redentoras e edificantes, desde agora, favorecendo a reconstrução do nosso futuro. Disponhamo-nos a desculpar os que nos ofenderam, com o sincero propósito de rogar perdão às nossas vítimas. Cultivando a oração com serviço ao próximo, reconheçamos na dificuldade o gênio bom que nos auxilia, a desafiar-nos ao maior esforço. Reunindo todas as possibilidades ao nosso alcance, espalhemos, nas províncias de treva e dor que nos rodeiam, o socorro da prece e o concurso do braço fraternal, preparando o regresso ao campo de luta – o plano carnal –, em que o Senhor pela bênção de um corpo novo nos ajudará a esquecer o mal e replantar o bem. Para nós, herdeiros de longo passado culposo, a esfera das formas físicas simboliza a porta de saída do inferno que criamos. Superando nossas enfermidades morais e extinguindo antigas viciações, no triunfo sobre nós mesmos, acrisolaremos nossas qualidades de espírito, a fim de que, em nos elevando, possamos estender mãos amigas aos que jazem na lama do infortúnio. (Ação e reação. Cap. 2. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)
Os sentimentos de amor, justiça, caridade e gratidão são inerentes à natureza humana, herdeira natural do bom, do nobre, do belo. Todavia, porque ainda se demora em crescimento de valores, mais vinculada atavicamente aos instintos primitivos, não se manifestam essas qualidades, que devem ser cultivadas com esforço até que se expressem por automatismos defluentes da sua elevação interior.
Em razão disso, são mais comuns as manifestações agressivas, as rebeldias, as ingratidões que aturdem, mantendo um clima mental e emocional belicoso entre os homens.
A ingratidão, que é desapreço, apresenta-se como grave imperfeição da alma, que deve ser corrigida.
O ingrato é enfermo que se combure nas chamas do orgulho mal dissimulado, da insatisfação perversa. A si todos os direitos e méritos se atribui, negando ao benfeitor a mínima consideração, nenhum reconhecimento.
Olvidando-se, rapidamente, do bem que lhe foi dispensado, silencia-o, mesmo quando não pensa que o recebido não passou de um dever para com ele, insuficiente para o seu grau de importância.
A ingratidão é chaga moral purulenta no indivíduo, que debilita o organismo social onde se encontra.
Assim, os ingratos são numerosos, sempre soberbos, e auto-suficientes, em dependência mórbida, porém, dos sacrifícios dos outros.
Jesus sempre admoestava os ingratos que lhe cruzavam o caminho.
Nunca lhe faltaram no ministério estes infelizes.
No admirável fenômeno de cura orgânica dos dez leprosos, patenteiam-se a ingratidão dos beneficiados e a interrogação do Mestre, diante daquele que havia retornado para agradecer: “Onde estão os outros? Não foram dez os curados?”
Nove se haviam ido, apressados, para o gozo e a algaravia, recuperados por fora, sem liberação da doença interna, que desapareceria somente a partir do momento em que fossem agradecer, modificando-se psicológica e moralmente.
Na tragédia do Calvário, não se encontrava presente nenhum dos que foram beneficiados pelas Suas mãos, e estes haviam sido muitos.
Ele iluminara olhos apagados; abrira ouvidos moucos; ofertara som aos lábios silenciosos; equilíbrio a mentes tresvariadas; movimentos a membros mortos; vida a catalépticos; recuperação orgânica a portadores de males inumeráveis e, no entanto, ficou esquecido por todos eles. Não obstante o bem que receberam, fugindo do reconhecimento, os ingratos viram-se diante de si mesmos, das consciências molestadas pelos remorsos, tornando a enfermar e morrendo, pois que deste fenômeno biológico ninguém escapa.
O Mestre conhecia as debilidades morais do homem e sempre se preocupava em alcançá-las, a fim de que as pretendidas curas alcançassem as matrizes das doenças, onde as mesmas se originam, erradicando-as, de modo que não voltassem a produzir miasmas e males perturbadores.
A Sua era uma constante proposta de renovação de metas, de atitudes, de pensamentos.
Sendo o exemplo máximo, pedia que O vissem, isto é, que Lhe tomassem a conduta de desapego das paixões cáusticas e cuidassem de uma só coisa necessária, que é o “reino de Deus” embutido no coração.
Na busca do mais importante, o seu encontro elimina o secundário, que deixa de ter valor, para ceder lugar ao essencial, que é o necessário.
Os homens, porém, na superficialidade dos seus interesses, anelam apenas pelo imediato, que lhes satisfaz num momento, deixando-os ansiosos outra vez.
Por imaturidade espiritual, ceifam a árvore de onde retiram os frutos de hoje, acreditando, com ingenuidade, que não terão fome amanhã. E quando esta se apresenta novamente, não têm onde recolher o alimento.
Assim agem os ingratos.
Toldam a água da fonte que os dessedentou; queimam o trigal que lhes deu o pão; cortam a planta frutífera que os alimentou; afastam o amigo generoso que os socorreu.
Em contrapartida, vivem a sós, amesquinhados, em si mesmos por conhecerem o íntimo.
Desconfiados, neurotizam-se; arbitrários, são desamados; soberbos, passam ignorados. ( Jesus e atualidade. Cap. 19 - Jesus e ingratidão. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco)
A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 14. Item 9. Allan Kardec)
Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 14. Item 3. Allan Kardec)
No entanto, o Espírito de Sócrates recomenda: "É preciso sempre ajudar os fracos e os que desejam fazer o bem, embora sabendo antecipadamente que não seremos recompensados por aqueles a quem o fazemos, porque aquele que se recusa a vos ser grato pela assistência que lhe destes, nem sempre é tão ingrato quanto o imaginais; muitas vezes age segundo o ponto de vista determinado por Deus, embora os seus pontos de vista não sejam, e muitas vezes não possam ser apreciados por vós. Que vos baste saber que é necessário fazer o bem por dever e por amor a Deus, pois disse Jesus: “Aquele que não faz o bem senão por interesse, já recebeu a sua recompensa”. Sabei que se aquele a quem prestais serviço esquece o benefício, Deus vos levará mais em conta do que se já tivésseis sido recompensado pela gratidão do vosso favorecido. "(Revista Espírita. Março de 1861.A ingratidão. Sócrates/ Allan Kardec)
O homem necessita do próximo desde que vê a luz do mundo até o derradeiro instante de sua existência.
Aos nascer, se fôsse abandonado, sucumbiria.
Para fazer-se adulto, física, mental e espiritualmente, precisa também do concurso de outrem, pois, sózinho, jamais poderia desenvolver suas qualidades.
Até para sentir-se feliz é-lhe indispensável a companhia de alguém, porquanto ninguém se basta a si mesmo.
Apesar disso, raros os que já aprenderam a ser gratos àqueles que, de uma forma ou de outra, os ajudam a realizar-se.
Quase todos, não nos apercebemos do quanto devemos aos outros, capitulando como simples obrigação aquilo que fazem por nós.
Via de regra, se uma pessoa se recusa a prestar-nos um favor, guardamos dela fundo ressentimento por longo tempo;, com que facilidade, entretanto, esquecemos os benefícios recebidos!
Quem é, por exemplo, que se lembra de uma gentileza a seus antigos mestres, essas criaturas abnegadas que se desgastam e envelhecem prematuramente no árduo mister de instruir-nos, educar-nos e preparar-nos para a vida? Muitos há que nem sequer os cumprimentam quando com eles cruzam pela rua, nem se dignam fazer-lhes uma visita, sabendo-os enfermos.
Quem é que, embora se havendo aproveitado ao máximo da sociedade, participando dos frutos da obra comum, reconhece ser um dever de gratidão cooperar com ela? Cada qual, ao invés disso, só cuida de aumentar a fortuna e o prestigio pessoais, alheando-se, por completo, dos problemas da comunidade em que se criou ou à qual tudo deve.
Toda e qualquer ingratidão é execrável, mas a que mais repugna é a dos filhos para com os genitores.
Quê de sacrifícios não se impõem os pais, principalmente as mães, por aqueles que Deus há confiado à ternura de seus corações!
Quantas noites passam em claro, junto ao berço de cada um, toda vez que a doença ameace arrebatá-los ao aconchego de seus braços!
Mesmo depois que se tornam jovens e fortes, quantas horas de apreensão e de angústia continuam sofrendo, por causa de suas noitadas alegres fora de casa!
Quantas canseiras suportam a fim de que nada lhes falte, e quantas diligências empreendem para suavizar-lhes a aspereza dos caminhos por onde hão-de passar!
E como correspondem os filhos a esses cuidados, a essa solicitude, a esses transbordamentos de amor?
Uns, cujos estudos só foram possíveis graças ao suor e ao meio jejum dos pais, escolhem para paraninfar-lhes a formatura o namorado ou a namorada, porque sentem vergonha da simplicidade deles.
Outros, bafejados pela prosperidade, progridem, enriquecem, e, não obstante, deixam de estender aos autores de seus dias o conforto de que desfrutam, o que, em última análise, representaria apenas os juros de uma dívida sagrada.
Alguns, mal se julgam “gente grande", abandonam o lar, vão para terras distantes e nunca mais aparecem, nem mesmo para saberem se “os velhos" ainda existem.
Não poucos, acolhem-nos em sua companhia, mas à conta de serviçais, colocando sobre seus ombros alquebrados todo o peso dos afazeres domésticos.
Há ainda os que crêem estar sendo muito generosos só porque lhes fornece um prato de comida ou lhes concede um cômodo nos fundos de sua vivenda, assim como quem atira uma esmola, sem uma palavra de consolo, sem um gesto de carinho.
E, o que é mais hediondo, há até quem os interne em asilos ou hospitais, por não lhes tolerarem a caduquice e os achaques da decrepitude.
Ai desses ingratos!
As vezes, já aqui mesmo receberão dos filhos aquilo que exemplificaram, sem prejuízo do abandono que os aguarda, no Além. (Páginas do Espiritismo Cristão. Cap. 25 - A ingratidão. Rodolfo Calligaris )
Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar com os ingratos?
Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.
Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.
E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é unia semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros.
Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 13. Item 19. Guia protetor, Sens 1862 /Allan Kardec)
De acordo com Cairbar Schutel, " Reconhecimento e gratidão são as duas expansões da alma humana, que assinalam muito bem o estado moral de cada indivíduo.
O reconhecimento é o testemunho da genuinidade de uma coisa, de um fato, de uma pessoa.
O reconhecimento é princípio inteligente que nos aproxima da verdade.
Como ato de discernimento, o reconhecimento pode dar lugar ao bom ou mau juízo que façamos de um objeto ou de uma pessoa.
Como virtude moral, o reconhecimento é o princípio da gratidão: onde aquele chega a seu mais elevado cimo, esta começa a sua espiral que se eleva ao infinito.
O reconhecimento, que é discernimento espiritual, obedece sempre ao estado de espírito do julgador.
O reconhecimento, como produto do benefício, é a confissão do bem, pelo bem que o bem nos fez.
A gratidão grava a idéia do bem e mantém, pelo autor do benefício, vivo sentimento de carinho.
O reconhecimento lembra a idéia do benefício. A gratidão aviva a lembrança do benfeitor.
O reconhecimento é um movimento de inteligência, variável, como variável é a inteligência em cada ser humano.
A gratidão é uma confirmação da razão, sancionada por gesto do coração.
Há reconhecimento e há gratidão; onde aquele para, por não poder continuar o seu caminho, esta começa num sulco de luz, a ascensão para a Eternidade.
Não há virtude mais nobre, por isso mesmo mais rara que a gratidão. Ela nos conduz pelo amor e nos eleva a Deus.
Muitas são as almas reconhecidas, mas poucas são as que têm gratidão.
Dos dez leprosos curados em terras da Palestina, só um voltou a dar graças ao Senhor. De todos os restabelecidos pelo Senhor não se contam, talvez, três, que lhe seguissem os passos. De todos os que ouviram dos melodiosos lábios a Palavra de Salvação, insignificante foi o número dos agradecidos; inúmeros foram os que reconheceram o Verbo de Deus, e muito maior em número foram os que, apesar de O reconhecerem, repudiaram a sua Palavra.
Padres, doutores, rabinos, escribas, fariseus, governadores e césares, depois que reconheceram o Poder do Verbo Divino, é que resolveram crucificar o Inocente!
E aquele mesmo que depois de haver mostrado o seu reconhecimento na mais alta expressão de inteligência, lava as mãos ao derramamento de sangue e acede ao sacrifício da vítima, porque não tem coragem de ser grato.
O mundo está cheio de reconhecidos, mas vazio de gratidão.
De oitenta e quatro discípulos que seguiam o Mestre Nazareno, setenta e dois abandonaram-no em meio do caminho dando motivo à pergunta do Humilde Galileu aos outros doze: “E vós também não vos quereis retirar? Ao que respondeu Pedro: Para quem havemos nós de ir, Senhor?
Tu tens Palavras de Vida Eterna!”
O reconhecimento incita o interesse; a gratidão reveste o amor.
Marta e Lázaro são reconhecidos, mas só Maria tem gratidão: “Venit mulier habens alabastrum unguenti nardi spicati pretiosi et fracto alasbastro, effudit super ejus — uma mulher com um frasco de fino perfume de nardo ungiu-O”. (Marcos, XIV, 3.)
Nicodemos, movido pelo reconhecimento, vai ao encontro de Jesus, mas como não tem gratidão, espera a noite para se aproximar do Filho de Deus: Nicodemos hic venit ad Jesum nocte. (João, 111, 1-2.)
No reconhecimento só age o interesse.
Na gratidão é o amor que fala.
Para guarda do sepulcro, Herodes envia milícia; Madalena leva flores e perfumes.
O reconhecimento é o princípio inteligente que nos aproxima da Verdade; a gratidão é um dever que a ela nos alia.
Na vida particular, como na vida social, há reconhecimento e gratidão; mas aquele, quando lustrado pela nobreza de caráter, é o princípio em que germinam as graças que nos dão a pureza de sentimento.
O reconhecimento é, finalmente, para a gratidão, o que a bolota é para o carvalho.
Assim como aquela só se transforma em árvore por força do tempo e poder dos elementos, o reconhecimento só se caracteriza em gratidão depois de um cultivo acurado da lei do Amor lembrada pelo Cristo e de uma evolução proveitosa do Espírito nos ciclos ascendentes da Verdade. (Parábolas e Ensinos de Jesus. Reconhecimento e gratidão. Cairbar Schutel)
Diante disso, o Espírito de Joanna de Ângelis nos recomenda: "Não te preocupes com os ingratos dos teus caminhos de amor.
Prossegue, ofertando luz, sem te inquietares com a teimosia da treva.
Onde acendas uma lâmpada, a claridade aí derramará dádivas.
Os teus beneficiários que te abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti, aprenderão com a vida e compreenderão, mais tarde, o que fizeram.
Recordarão das tuas atitudes e buscarão passar adiante o que de ti receberam.
Não é, portanto, importante, o tratamento que te dêem em retribuição, mas sim, o que prossigas fazendo por eles."( Jesus e atualidade. Cap. 19 - Jesus é ingratidão. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco)
Segundo Chico Xavier, " A maior recompensa do trabalhador é a sensação do dever cumprido. O reconhecimento que devemos buscar é o da própria consciência. Não importa a ingratidão… Todo aplauso externo é ilusório." (O Evangelho de Chico Xavier. Item 216- O tento. Chico Xavier. Carlos A. Baccelli)
Observação ( 1 ): Sintomas:
* Manchas na pele de cor parda, esbranquiçadas ou eritematosas, às vezes pouco visíveis e com limites imprecisos;
* Alteração da temperatura no local afetado pelas manchas;
* Comprometimento dos nervos periféricos;
* Dormência em algumas regiões do corpo causada pelo comprometimento da enervação. A perda da sensibilidade local pode levar a feridas e à perda dos dedos ou de outras partes do organismo;
* Aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos;
* Alteração da musculatura esquelética principalmente a das mãos, que resulta nas chamadas “mãos de garra”;
* Infiltrações na face que caracterizam a face leonina característica da forma virchowiana da doença. (https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hanseniase-lepra/)
Observação ( 2 ): Tratamento: Em termos terapêuticos, somente dois tipos são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos). (...) Ambos os tipos (paucibacilar e multibacilar) são tratados com o antibiótico rifampicina, durante seis meses no tipo paucibacilar e um ano no tipo multibacilar. A medicação é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde e administrada em doses vigiadas nas Unidades Básicas de Saúde sob a supervisão de médicos ou enfermeiros de acordo com normas da OMS. A rifampicina elimina 90% dos bacilos. Por isso, é necessário complementar o tratamento com outra droga (DDS), que pode ser tomada em casa diariamente, até o final do tratamento. Nos casos multibacilares, esse tratamento é acrescido de uma dose diária e de outra vigiada de clofazimina. (https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hanseniase-lepra/)
Observação (3): Levítico 13:2-8 e 14:2: Quando um homem tiver na pele da sua carne, inchação, ou pústula, ou mancha lustrosa, na pele de sua carne como praga da lepra, então será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes.
E o sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pêlo na praga se tornou branco, e a praga parecer mais profunda do que a pele da sua carne, é praga de lepra; o sacerdote o examinará, e o declarará por imundo.
Mas, se a mancha na pele de sua carne for branca, e não parecer mais profunda do que a pele, e o pêlo não se tornou branco, então o sacerdote encerrará o que tem a praga por sete dias;
E ao sétimo dia o sacerdote o examinará; e eis que, se a praga, ao seu parecer parou, e na pele não se estendeu, então o sacerdote o encerrará por outros sete dias;
E o sacerdote ao sétimo dia o examinará outra vez; e eis que, se a praga se recolheu, e na pele não se estendeu, então o sacerdote o declarará por limpo; é uma pústula; e lavará as suas vestes, e será limpo.
Mas, se a pústula na pele se estende grandemente, depois que foi mostrado ao sacerdote para a sua purificação, outra vez será mostrado ao sacerdote,
E o sacerdote o examinará, e eis que, se a pústula na pele se tem estendido, o sacerdote o declarará por imundo; é lepra.
Levítico 14:2-7: Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote,
E o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará, e eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada,
Então o sacerdote ordenará que por aquele que se houver de purificar se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo.
Mandará também o sacerdote que se degole uma ave num vaso de barro sobre águas vivas,
E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo, e os molhará, com a ave viva, no sangue da ave que foi degolada sobre as águas correntes.
E sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes; então o declarará por limpo, e soltará a ave viva sobre a face do campo.
Bibliografia:
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 13 - Item 19/ Cap. 14 - Item 9/ Cap. 28- Item 28. Allan Kardec.
- A Gênese. Cap. 15. Item 17. Allan Kardec.
- Revista Espírita. Março de 1861.A ingratidão. Sócrates/ Allan Kardec .
- Ação e reação. Cap. 2. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier .
- Primícias do Reino. Cap. 13. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco .
- Nos bastidores da obsessão. Cap. 9. Manoel Philomeno de Miranda. Divaldo P. Franco .
- Psicologia da gratidão. O significado da gratidão. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco.
- Jesus e atualidade. Cap. 19 - Jesus e ingratidão. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco.
- O novo dicionário da Bíblia. Doença e cura / e- Lepra. J. D. Douglas.
- Nas pegadas do Mestre. O leproso samaritano. Vinicius .
- Elucidações Evangélicas. Cap. 118. Antônio Luiz Sayão.
- Páginas do Espiritismo Cristão. Cap. 25 - A ingratidão. Rodolfo Calligaris .
- Parábolas e Ensinos de Jesus. Reconhecimento e gratidão. Cairbar Schutel.
- O Evangelho de Chico Xavier. Item 216- O tento. Chico Xavier. Carlos A. Baccelli.
- Artigo: A cura na visão Espírita. Uma análise baseada nas curas de Jesus. Andrei Moreira - Médico generalista integrante de uma equipe do PSF em BH/MG . Presidente da Associação Médico-Espírita de MG. www.amemg.com.br.
- Bíblia : Levítico 13:2-8 e 14:2 ; 4:2-7.
- Sites: - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lepra; - https://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1182&sid=7; - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lepra; - https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hanseniase-lepra/. Data de consulta: 01-08-18.