UUtilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 105 - Parábola da festa de bodas*
Ciclo 2 - História: Parábola da festa de bodas - Atividade: ESE - Cap. 18 - 1 - Parábola do festim de bodas e/ou pedir para o aluno desenhar a si mesmo vestido com a túnica nupcial.
Ciclo 3 - História: Parábola do Servo - Atividade: PH - Jesus - 65 - Parábola da festa de bodas.
Mocidade - História: O anjo e o malfeitor - Atividade: 14 - Palavras cruzadas: PH - Jesus - 113 - Parábola da festa de bodas.
Dinâmicas: Túnica nupcial; Parábola da festa de bodas; Festim de Bodas.
Mensagens espíritas: Parábola da festa de bodas.
Sugestão de livro infantil e vídeo: Parábola do Festim de Bodas. (Autor: Artur Mendes)
Leitura da Bíblia : Mateus - Capítulo 22
22.1 De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes:
22.2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
22.3 Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir.
22.4 Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas.
22.5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
22.6 e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.
22.7 O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade.
22.8 Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos.
22.9 Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.
22.10 E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados.
22.11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial
22.12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
22.13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
22.14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Tópicos a serem abordados:
- A Parábola das Bodas é uma história que parece estranha, pois narra o casamento de um príncipe para o qual o Grande Rei prepara uma festa grandiosa enviando seus servos para buscar os convidados. Alguns dos servos foram maltratados, outros morreram e ninguém aceitou ao convite. Finalmente, o rei manda que fossem às ruas buscar todos os que encontrassem, bons e maus, para a festa. Entre os que compareceram, um deles estava sem a veste nupcial, isto é, sem roupa adequada. Então, o rei ordenou que o expulsasse.
- Para compreender esta parábola é preciso identificar os personagens e analisar o papel que cada uma representa nela. O rei é Deus, nosso pai e o noivo é Jesus, nosso mestre. A festa de bodas simboliza o Reino dos Céus, onde tudo é alegria. As bodas do filho ( o casamento) representa a chegada do Evangelho à terra. Os servos são os antigos profetas. Os primeiros convidados foram os hebreus, que recebem posteriormente a denominação de judeus. Os convidados que deixam de comparecer, alegando que tinham de cuidar de seus campos e de seus negócios, representam as pessoas preocupadas em conseguir vantagens puramente materiais . Os assassinos (responsáveis pela morte de Jesus) são principalmente os fariseus e saduceus ( grupos de judeus que faziam parte de seitas diferentes ) . Como consequência, iniciaram a expiação dos seus crimes, quando foram mortos pelos romanos, e , Jerusalém, foi quase totalmente destruida. Os últimos a serem convidados simbolizam todos os povos, bons ou maus.
- Os profetas advertiam o povo com verdades espirituais e mostravam o caminho para a felicidade, porque os hebreus não estavam vivendo de acordo com as leis divinas. Porém suas palavras, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo mortos, como os servos da parábola. Na Bíblia podemos verificar alguns exemplos disso: Saul tentou matar Davi , porque tinha inveja dele ,por receber a benção de Deus ; Elias foi perseguido pelo rei Acabe, porque ele defendia um Deus único e matou os profetas de Baal ; Zacarias foi apedrejado, pois condenou tanto o rei Joás e o povo por sua rebelião contra Deus; João Batista foi preso e executado por ordem de Herodes Antipas, por denunciar o pecado da rainha Herodíades .
- Os hebreus foram primeiramente escolhidos para receber as leis de Deus, pois foram os primeiros a acreditarem num Deus único. É a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas, isto é, adoravam; uns, o Sol; outros, a Lua; aqui, o fogo; ali, os animais. Portanto, os hebreus eram os mais aptos a compreenderem as verdades espirituais.
- No entanto, quando Jesus chegou ao mundo, não foi absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o Messias surgisse entre os animais humildes da manjedoura e fosse filho de um carpinteiro . Segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar no carro luxuoso de suas glórias divinas, trazido do Céu à Terra pela legião dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a Israel a suprema direção de todos os povos do planeta. Portanto, preocupados em conseguir vantagens puramente materiais , como na parábola, recusaram a mensagem do Cristo, como ainda o ultrajaram e o cruxificaram.
- Entretanto, seria injusto acusar o povo inteiro por essa situação. A responsabilidade coube principalmente aos fariseus e aos saduceus, que puseram a nação a perder, os primeiros pelo seu orgulho e fanatismo, e os segundos pela sua incredulidade. São eles, sobretudo, que Jesus compara aos convidados que se negaram a comparecer ao banquete do casamento , e acrescenta que o rei, vendo isso, mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas ruas, bons e maus.
- Mas não basta ser convidado; não basta dizer-se cristão, é preciso, antes de tudo estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter o coração puro e cumprir as leis de Deus. Era costume antigo, aliás, como hoje ainda é, usar para cada ato, ou cada cerimônia, uma roupa de acordo com o ato ou a cerimônia a que se vai assistir. Aproveitando essas exigências sociais, Jesus propõe na parábola das Bodas, o uso da túnica nupcial; e aquele que não estivesse revestido dessa roupagem, seria expulso. Portanto, o interesseiro, o egoísta, o orgulhoso, o hipócrita , embora convidados para o casamento ,não podiam ali permanecer, pois não estavam usando o traje adequado.
- Poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus! Deus chama todos os filhos à cooperação em sua obra divina, mas somente os devotados, persistentes, trabalhadores e fiéis constroem qualidades eternas que os tornam dignos de grandes tarefas. Por isso Jesus disse: "Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos."
Perguntas para fixação :
1. Na parábola de bodas, quem é o rei?
2. Quem representa o noivo?
3. O que simboliza a festa de bodas?
4. Quem são os servos?
5. Quem são os primeiros convidados?
6. Por que o povo hebreu foi o primeiro a ser escolhido para receber as leis de Deus?
7. Quem são os últimos convidados?
8. Por que os judeus rejeitaram Jesus?
9. O que representa a túnica nupcial?
10. Por que Jesus disse que muitos são chamados e poucos serão escolhidos?
Subsídio para o Evangelizador :
Parábolas, como sabemos, são narrações alegóricas, encerrando doutrina moral.
Jesus, pedagogo emérito, recorria frequentemente a elas, já porque era a melhor maneira de interessar os seus ouvintes, já também porque sabia que é muito mais fácil assimilar e reter qualquer ensinamento, quando materializado, isto é, objetivado através de um enredo, do que quando ministrado de forma subjetiva. ( Parábolas evangélicas. Cap. 10. Rodolfo Calligaris )
O incrédulo sorri a esta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os enviados do dono da casa. "As parábolas", diz ele, o incrédulo, "são, sem dúvida, imagens; mas, ainda assim, mister se torna que não ultrapassem os limites do verossímil".
Outro tanto pode ser dito de todas as alegorias, das mais engenhosas fábulas, se não lhes forem tirados os respectivos envoltórios, para ser achado o sentido oculto. Jesus compunha as suas com os hábitos mais vulgares da vida e as adaptava aos costumes e ao caráter do povo a quem falava. A maioria delas tinha por objeto fazer penetrar nas massas populares a idéia da vida espiritual, parecendo muitas ininteligíveis, quanto ao sentido, apenas por não se colocarem neste ponto de vista os que as interpretam. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Na parábola em tela, o Rei é Deus, nosso Pai Celestial, e o festim de bodas, é claro, simboliza o Reino dos Céus, cujo advento coube a Cristo Jesus anunciar e preparar, pela pregação de seu Evangelho.
O rei é Deus. As bodas do filho são a chegada do Evangelho à terra. ( Parábolas evangélicas. Cap. 10. Rodolfo Calligaris )
Falando dos primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
A galeria de honra dos perseguidos está repleta de nomes de pessoas que seguiram a Deus através dos séculos. Abel foi perseguido por Caim porque ofereceu uma oferta mais agradável( Gênesis 4:1-8). (...)Davi foi perseguido por Saul (1 Samuel 19: 1-18) e Elias por Acabe (1 Reis 19: 1-2). Daniel passou algum tempo na cova dos leões (Daniel 6:1-28)... (Perseguidos por causa da justiça. Autor: Teólogo Itamar de Paula Marques. Fonte:https://www.acasadoespiritismo.com.br/sermaomonte/08%20bem%20aventurados%20os%20que%20sao%20perseguidos.htm)
Ao se opor ao rei Joás, o profeta Zacarias , filho de Joiada, é apedrejado (2 Cr 24, 20-22). Amós é acusado de subversivo e é expulso do santuário real de Betel por anunciar a destruição e o fim da dinastia de Jeroboāo II (Am 7,10-17). O profeta Jeremias é acusado de ser um agente inimigo infiltrado em Jerusalém. Tratado como subversivo, é preso por ordem do rei ( Jr 32, 3-5). Para não morrer , o profeta Urias foge para o Egito . Trazido do exílio, é executado por ordem do rei Joaquim (Jr 26, 20-23). Por denunciar o pecado da rainha Herodíades, João Batista é preso e executado por ordem de Herodes Antipas ( Mc 6,17-29). ( A leitura profética da história. Dom Antônio Celso de Queiroz )
Na Bíblia diz: " O Senhor, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua habitação. Mas eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e expuseram ao ridículo os seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra o seu povo e já não houve remédio.
O Senhor enviou contra eles o rei dos babilônios que, no santuário, matou os seus jovens à espada. Não poupou nem rapazes, nem moças, nem adultos, nem velhos. Deus entregou todos eles nas mãos de Nabucodonosor; este levou para a Babilônia todos os utensílios do templo de Deus, tanto os pequenos como os grandes, com os tesouros do templo do Senhor, os do rei e os de seus oficiais. Os babilônios incendiaram o templo de Deus e derrubaram o muro de Jerusalém; queimaram todos os palácios e destruíram todos os utensílios de valor que havia neles. Nabucodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes que escaparam da espada, para serem seus escravos e dos seus descendentes, até a época do domínio persa." (2 Crônicas 36:15-20)
O Senhor dirigiu a palavra a Jeremias depois que o comandante da guarda imperial, Nebuzaradã, o libertou em Ramá. Ele tinha encontrado Jeremias acorrentado no meio de todos os cativos de Jerusalém e de Judá que estavam sendo levados para o exílio na Babilônia. Quando o comandante da guarda encontrou Jeremias, disse-lhe: "Foi o Senhor, o seu Deus, que determinou esta desgraça para este lugar. Agora o Senhor a cumpriu e fez o que tinha prometido. Tudo isso aconteceu porque vocês pecaram contra o Senhor e não lhe obedeceram. (Jeremias 40:1-3)
Os profetas advertiam o povo do juízo e da punição de Deus, porque as pessoas não estavam vivendo de acordo com as leis divinas. Muitos profetas viam o declínio e a destruição do poder do país como um justo castigo para isso. O reino foi então dividido em dois, um reino do Norte (Israel) e um do Sul (Judá), tendo Jerusalém como capital. Em 722 a. C, o reino do Norte foi devastado pelos assírios e a partir daí deixou de ter significado político e religioso.
O reino do Sul foi conquistado pelos babilônios em 587 a.C. Grande parte da sua população foi deportada para o exílio na Babilônia. Entretanto, em 539 a.C. os que desejavam voltar para a terra natal obtiveram permissão para isso, e daí em diante se tornaram conhecidos como judeus (palavra derivada de Judá e Judéia).
Foi depois do retorno da Babilônia que começou a se desenvolver a religião que costumamos chamar de judaísmo.
(...) O grande Templo de Jerusalém, destruído durante a conquista babilônica de 587 a.C., foi reerguido em 516 a.C. (O livro das religiões. Religiões surgidas no Oriente Médio: monoteísmo. Jostein Gaarder. Victor Hellern. Henry Notaker)
Além dos ensinamentos legados por Elias ou um Jeremias, temos de convir que numerosos missionários do plano superior precederam a vinda do Cristo, distribuindo no mundo o pão espiritual de suas verdades eternas. Um Çakyamuni, um Confúcio, um Sócrates, foram igualmente profetas do Senhor, na gloriosa preparação dos seus caminhos. Se desenvolverem ação distante do ambiente e dos costumes israelitas, pautaram a missão no mesmo plano universalista, em que as tribos de Israel foram chamadas a trabalhar, mas particularmente, pelo progresso religioso do mundo. ( O Consolador. Questão 278. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Os Espíritos elevados, como os profetas antigos, devem ser considerados como anjos ou como Espíritos eleitos?
— Como missionários do Senhor, junto à Esfera de atividade propriamente material, os profetas antigos eram também dos “chamados” à luminosa sementeira.
Para a nossa compreensão, a palavra “anjo”, neste passo, deve designar somente as entidades que já se elevaram ao Plano superior, plenamente redimidas, onde são “escolhidos” na tarefa sagrada d’Aquele cujas palavras não passarão. O Eleito, porém, é aquele que se elevou para Deus em linha reta, sem as quedas que nos são comuns, sendo justo afirmar que o orbe terrestre só viu um eleito, que é Jesus-Cristo.
A compreensão do homem, todavia, em se tratando de angelitude, generalizou a definição, estendendo-a a todas as almas virtuosas e boas, nos bastidores da sua literatura, o que se justifica, entendendo-se que a palavra “anjo” significa “mensageiro”. ( O Consolador. Questão 277. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Continuando a explicação da parábola, Cairbar Schutel afirma que:
Os primeiros convidados foram os doutos, os ricos, os sábios, os aristocratas, os sacerdotes, porque ninguém melhor do que estes estavam em condições de participar das bodas fazer-se representar naquela festa soleníssima para a qual o Rei dos Céus sem medir nem pesar sacrifícios, havia mandado à Terra o seu Filho, de quem queria celebrar condignamente as bodas.
E quem poderia melhor apreciar Jesus Cristo e participar de suas bodas, admirando a grande sabedoria do Mestre, seja na cura dos enfermos, seja nos prodigiosos fenômenos de materialização e desmaterialização por Ele operados, como a multiplicação dos pães e dos peixes, a manifestação do Tabor, a dominação dos elementos e suas sucessivas aparições depois da morte?
Quem estava mais apto para compreender o Sermão do Monte, o Sermão Profético, o Sermão da Ceia, seus Ensinos, suas Parábolas, senão os doutores, os rabinos, os sacerdotes?
Seriam os pescadores, os carpinteiros, os roceiros, as mulheres incultas? ( Parábolas e Ensinos de Jesus. Parábola das Bodas. Cairbar Schutel )
A religião israelita foi a primeira que formulou, aos olhos dos homens, a idéia de um Deus espiritual. Até então os homens adoravam; uns, o Sol; outros, a Lua; aqui, o fogo; ali, os animais (Revista Espírita. Setembro de 1861. Um espírito israelita a seus correligionários. Allan Kardec). No reino de Israel sucederam-se as tribos e os enviados do Senhor. Todos os seus caminhos no mundo estão cheios de vozes proféticas e consoladoras, acerca d’Aquele que ao mundo viria para ser glorificado como o Cordeiro de Deus.
A cada século renovam-se as profecias e cada templo espera a palavra de ordem dos Céus, através do Salvador do Mundo. Os doutores da Lei, no templo de Jerusalém, confabulam, respeitosos, sobre o Divino Missionário; na sua vaidade orgulhosa esperavam-no no seu carro vitorioso, para proclamar a todas as gentes a superioridade de Israel e operar todos os milagres e prodígios.
E, recordando esses apontamentos da história, somos naturalmente levados a perguntar o porquê da preferência de Jesus pela árvore de David, para levar a efeito as suas divinas lições à Humanidade; mas a própria lógica nos faz reconhecer que, de todos os povos de então, sendo Israel o mais crente, era também o mais necessitado, dada a sua vaidade exclusivista e pretensiosa “Muito se pedirá de quem muito haja recebido”, e os israelitas haviam conquistado muito, do Alto, em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor.
A verdade, porém, é que Jesus, chegando ao mundo, não foi absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem terrestre. Segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar no carro magnificente de suas glórias divinas, trazido do Céu à Terra pela legião dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a Israel o cetro supremo na direção de todos os povos do planeta; deveria operar todos os prodígios, ofuscando a glória dos Césares. E, no entanto, o Cristo surgira entre os animais humildes da manjedoura; apresentava-se como filho de um carpinteiro e, no cumprimento de sua gloriosa missão de amor e de humildade, protegia as prostitutas, confundia-se com os pobres e com os humilhados, visitava as casas suspeitas para de lá arrancar os seus auxiliares e seguidores; seus companheiros prediletos eram os pescadores ignorantes e humildes, dos quais fazia apóstolos bem-amados.
Abandonando os templos da Lei, era frequentemente encontrado ao longo do Tiberíades, em cujas margens pregava aos simples a fraternidade e o amor, a sabedoria e a humildade. O judaísmo, saturado de orgulho, não conseguiu compreender a ação do celeste emissário. Apesar da crença fervorosa e sincera, Israel não sabia que toda a salvação tem de começar no íntimo de cada um e, cumprindo as profecias de seus próprios filhos, conduziu aos martírios da cruz o divino Cordeiro. (A caminho da luz. Cap. 7. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )
Era crença comum aos judeus de então que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material. Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a idéia da unidade de Deus, essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares. Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual "tão numerosa quanto as estrelas do firmamento. Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Não obstante a má vontade manifestada por eles, à semelhança da parábola, envia-lhes Deus o próprio Jesus, a fim de lhes recordar e aperfeiçoar o conteúdo daquelas Leis, cuja observância lhes daria a conhecer o estado de alegria e gozo espiritual que constitui o Reino dos Céus. Todavia, sobremaneira preocupados em conseguir vantagens puramente materiais (os hebreus aspiravam à hegemonia política do mundo), escusaram-se de novo, sendo que alguns, enervando-se com tal insistência, não só repeliram a mensagem do Cristo, como ainda o ultrajaram e o imolaram na cruz. ( Parábolas evangélicas. Cap. 10. Rodolfo Calligaris )
Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas. A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus (1) e saduceus (2), que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros. São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das bodas. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Continua a parábola, dizendo: “Diante disso, o rei enviou exércitos contra os assassinos, que foram exterminados, bem assim queimada a sua cidade.” O que aconteceu aos hebreus, posteriormente à crucificação de Jesus, todos o sabem, corresponde exatamente a esse trecho da narrativa: foram trucidados pelos romanos, e sua capital, Jerusalém, foi quase totalmente destruida. ( Parábolas evangélicas. Cap. 10. Rodolfo Calligaris )
O Espírito de Amélia Rodrigues narrou o trecho desta história : "Roma, através dos seus diversos procuradores, insistia em colocar no Templo de Jerusalém os símbolos do seu poder: a águia dominadora ou a estátua do Imperador, motivando reações sangrentas .
Nesse ínterim, as lutas perderam a aparência política e assumiram caráter religioso, quando Teudas, um misto de Messias e libertador, conduziu o povo ao Jordão e procurou repetir a façanha de Moisés, no Mar Vermelho, gerando uma chacina violenta por parte dos opressores que, inclusive, mataram o pseudo Messias...
Em 66 d.C., irrompeu nova onda de libertação, com poucos resultados, para os judeus. Novamente batidos e derrotados, a paz foi comprada pelo rabino fariseu Jochanan ben Sakkai, ensejando a muitos ricos a salvação. Os pequenos comerciantes, artesãos e ''homens da Terra'', porém, inconformados, refugiaram-se no palácio real, que foi saqueado, e lutaram até a destruição total do Templo, em 70, quando Tito mandou matar mais de 600.000 rebeldes em toda a Palestina. " (Primícias do Reino. Respingos Históricos. Espírito Amélia Rodrigues. Divaldo P. Franco).
Fariseus, sacerdotes, saduceus e o povo, que tentaram resistir atrás das muralhas da cidade, foram aprisionados pelos romanos, e o jovem conquistador decretou-lhe, quase insano, a pena de morte pela crucificação em que eram exímios os romanos.
Começou, naquela ocasião, o resgate coletivo do povo eleito que matara os profetas e assassinara o Excelente Filho de Deus.
Reduzidos a miseráveis, os orgulhosos representantes da raça, nas enxovias dos cárceres imundos, eram tratados com extrema crueldade, conforme sempre o fizeram com os seus próprios irmãos. Inutilmente clamavam pela proteção de Deus, daquele deus dos exércitos que afirmavam lutar ao seu lado, sem que tivessem lenidas as aflições ou diminuídas as expectativas do assassinato em massa. (Vivendo com Jesus. Cap. 13. Espírito Amélia Rodrigues. Divaldo Franco )
Jesus disse: "Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos, mas eles darão a morte a uns e perseguirão a outros. E assim se pedirá conta a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e o templo. Sim, declaro-vos que se pedirá conta disso a esta geração!" ( Lucas 11:49-51)
“Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Eis que a casa de vocês ficará deserta. ( Lucas 13:34-35)
Não lestes jamais isto nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram se tornou a principal pedra do ângulo? Foi o que o Senhor fez e nossos olhos o vêem com admiração. - Por isso eu vos declaro que o reino de Deus vos será tirado e será dado a um povo que dele tirará frutos. - Aquele que se deixar cair sobre essa pedra se despedaçará e ela esmagará aquele sobre quem cair. Tendo ouvido de Jesus essas palavras, os príncipes dos sacerdotes reconheceram que era deles que o mesmo Jesus falava. - Quiseram então apoderar-se dele, mas tiveram medo do povo que o considerava um profeta. (S. Mateus, cap. XXI,vv. 42 a 46.)
A palavra de Jesus se tornou a pedra angular, isto é, a pedra de consolidação do novo edifício da fé, erguido sobre as ruínas do antigo. Havendo os judeus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus rejeitado essa pedra, ela os esmagou, do mesmo modo que esmagará os que, depois, a desconheceram, ou lhe desfiguraram o sentido em prol de suas ambições. ( A Gênese. Cap. 17. Itens 27 e 28. Allan Kardec )
Continuando a explicação da parábola, acrescenta: "Vendo isso o Senhor mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas encruzilhadas, bons e maus." Queria dizer desse modo que a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a, seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros convidados. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Realmente, desta vez, os Enviados do Alto puseram-se a convidar indistintamente judeus e gentios, bons e maus, ricos e pobres, monoteístas e politeístas. Enquanto Pedro, Tiago, João e outros, desenvolviam o mais árduo esforço no sentido de convidar os judeus para o cumprimento da lei, Paulo, Barnabé, Timóteo e outros, envidavam gigantesco e eficiente apostolado em favor da conversão e integração dos gentios politeístas na comunidade cristã, que se encaminhava para o processo da aproximação em o Alto.
E a seara se tornou repleta de trabalhadores de todos os matizes e, no meio deles surgiram os interesseiros, os idólatras, os falsos profetas, os quais, apesar de se locupletarem com as iguarias do banquete dos Evangelhos, se mantiveram na posição de pedras de tropeço, de cegos que não querem ver e de falsos mentores, passando estes últimos a causar a deturpação dos ensinamentos de Jesus.
Como resposta à afirmativa de Cristo de que o Filho do homem não tinha uma pedra onde reclinar a cabeça, fizeram suntuosas casas de oração, esquecidos da advertência do Profeta de que Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens.
Em réplica à admoestação do Meigo Nazareno de que se deveria ser manso e humilde de coração, criaram tribunais religiosos, engenharam instrumentos de coação e tortura, e fomentaram cruzadas fratricidas e sanguinolentas.
Contrariando os ensinos do Messias de que se deveria orar em segredo e concisamente, manipularam longas e intermináveis orações e ladainhas.
Atentando contra as palavras no Nazareno de que “O Pai faz o seu sol brilhar para os bons e para os maus”, de que “ninguém verá o reino dos Céus sem renascer de novo”, de que “o pai não paga o pecado do filho, nem o filho paga o pecado do pai”, de que “a vontade do Pai é de que haja um só rebanho sob o cajado de um só pastor”, de que “a cada um será dado segundo as suas obras”, criaram uma infinidade de dogmas e preceitos incríveis que tomaram o nome de pecado original, de penas eternas, de unicidade das existências terrenas, de salvação pela graça, impingindo ainda a crença na existência de um inferno circunscrito e de um céu privilegiado. (As maravilhosas parábolas de Jesus. A parábola do festim de bodas. Paulo Alves Godoy)
Mas não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Era costume antigo, aliás, como hoje ainda é, usar para cada ato, ou cada cerimônia, uma roupa de acordo com o ato ou a cerimônia a que se vai assistir. O preconceito de todos os tempos tem determinado o vestuário a ser usado em certas e determinadas ocasiões. É assim que não se vai a um enterro com uma roupa clara, como não se vai a um casamento com um terno de brim. Aproveitando essas exigências sociais, muito preconizadas pelos escribas e fariseus, e mormente pelos doutores da Lei sacerdotes, Jesus, ao propor a parábola das Bodas, deu a entender que, para o comparecimento a essas reuniões, fazia-se mister uma túnica nupcial; e aquele que não estivesse revestido dessa roupagem, seria posto fora e lançado às trevas, onde haveria choro e ranger de dentes, naturalmente por haverem esbanjado tanto dinheiro em coisas de nenhum valor, de preferência à “túnica de núpcias”, bem assim por terem perdido o tempo em coisas inúteis, em vez de tecerem, como deviam, a túnica para comparecer às bodas. A veste de núpcias simboliza o amor, a humildade, a boa vontade em encontrar a Verdade para observá-la, ou seja, a pureza das intenções, a virgindade espiritual! O interesseiro, o mercador, o astuto, o tartufo que, embora convidado a tomar parte nas bodas está sem a túnica, não pode ali permanecer: será lançado fora, assim como será posto à margem o convidado a um casamento ou a uma cerimônia que não se traje de acordo com o ato a que vai assistir. Há bem pouco tempo, vimos, por ocasião de um júri numa cidade vizinha, o juiz convidar um jurado “para se compor” só pelo fato de achar-se o mesmo com uma roupa de brim claro. O jurado foi posto fora, visto não estar revestido com a “veste de juízo”. Como esteja o Evangelho disseminado em todos os meios sociais (o que aliás constitui um dos sinais frisantes do “fim do mundo”), só mesmo os homens de má vontade, os orgulhosos, enfatuados e de espírito preconcebido ignoram seus deveres de humildade, para a recepção da Palavra Divina.
A estes não garantimos êxito feliz quando comparecerem ao Banquete de Espiritualidade, que se está realizando no mundo todo, no consórcio do Céu com a Terra, dos vivos com os mortos, para o triunfo da Imortalidade. Dar-se-á, sem dúvida, com esses turiferários do ouro e turibulários, o que disse Isaías em sua profecia: Ouvirão e de nenhum modo entenderão; verão e de nenhum modo perceberão”. Justamente o contrário auguramos a todos os que, “fazendo-se crianças”, quiserem achar a Verdade para abraçá-la, e tenham o firme propósito de o fazer, esteja ela com quem estiver e onde estiver. ( Parábolas e Ensinos de Jesus. Parábola das Bodas. Cairbar Schutel )
O Reino dos Céus não se toma de assalto – asseverou Jesus; e é notório que somente aqueles que cumprem com o dever, são bons e misericordiosos, alcançam a perfeição pelo esforço próprio, se tornando pacificadores, e dessa oportunidade podem se revestir das diáfanas vestes dos anjos. Essa aquisição não se faz numa só vida na Terra, mas em jornadas prolongadas no decurso de milhares ou milhões de anos.
Não basta ser seguidor de determinada fé para se adquirir essas excelsas qualidades espirituais; é imprescindível o trabalho de vanguarda, o esforço incessante, o cultivo das virtudes cristãs. (As maravilhosas parábolas de Jesus. A parábola do festim de bodas. Paulo Alves Godoy)
Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosarnente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus! Eis por que disse Jesus: Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec )
Há sempre muitos”chamados” em todos os setores de construção e aprimoramento do mundo! Os “escolhidos”, contudo, são sempre poucos.
(...) E precisamos reajustar nossas definições sobre os “escolhidos”. Os companheiros assim classificados não são especialmente favorecidos pela graça divina, que é sempre a mesma fonte de bênçãos para todos. Sabemos que a “escolha”, em qualquer trabalho construtivo, não exclui a “qualidade”, e se o homem não oferece qualidade superior para o serviço divino, em hipótese alguma deve esperar a distinção da escolha.
Infere-se, pois, que Deus chama todos os filhos à cooperação em sua obra augusta, mas somente os devotados, persistentes, operosos e fiéis constroem qualidades eternas que os tornam dignos de grandes tarefas. E, reconhecendo-se que as qualidades são frutos de construções nossas, nunca poderemos esquecer que a escolha divina começará pelo esforço de cada um . (Missionários da luz. Cap. 8. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier )
As palavras: “Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos” não se referem unicamente ao que foi expulso por não estar dignamente vestido. Referem-se também a todos os que anteriormente cerraram os ouvidos e o coração à voz que os chamava. Esses mesmos, porém, sob a ação das leis imutáveis da expiação, do progresso, pelo renascimento, pelas reencarnações, chegarão à condição de envergarem o traje de núpcias, para entrarem nos mundos felizes. Vê-se assim que todos os chamados virão a ser escolhidos, porque dos filhos de Deus nenhum ficará perdido para sempre.
Ainda não soara a hora de serem ensinadas abertamente estas coisas, que só a Revelação Espírita, então futura, tornaria claramente compreensíveis. Muitos séculos era preciso que se escoassem, para chegar o momento dessa revelação, os dias de hoje, os tempos preditos da regeneração, que o Espírito da Verdade agora prepara. (Elucidações Evangélicas. Cap. 143. Antônio Luiz Sayāo )
Observação 1: Os Fariseus :
O termo vem de perischins que significa separados, distinguidos. Os fariseus eram considerados os verdadeiros judeus da época, os melhores cultuadores e intérpretes da Tora. Dotados de mentalidade estreita, levavam ao máximo rigorismo o culto exterior e a expressão literal dos textos. De outra parte, esforçavam-se por impor ao povo regras e rituais que jamais pertenceram aos ensinamentos de Moisés, dos quais se diziam e julgavam fiéis seguidores. Ricos e orgulhosos, foi contra eles que Jesus dirigiu grande parte de suas apóstrofes e advertências. Criam na imortalidade da alma e na ressurreição. Eram fatalistas, colocando sempre sob a vontade de Deus a boa ou a má conduta dos homens. Criam também que as almas dos virtuosos voltavam a animar novos corpos, enquanto as dos malfeitores e dos heréticos eram submetidas a castigos eternos pós a morte. (O Redentor . Cap. 12. Edgar Armond)
Observação 2: Os Saduceus:
O termo vem de Sadic – o Justo – ou de Sadoc, justiça. Tiveram sua origem no Egito. Usavam os cabelos penteados de forma arredondada e em geral usavam tonsura. Eram livres pensadores, materialistas, e céticos. Não criam na fatalidade ou no destino e também discordavam dos fariseus em atribuírem a Deus a boa ou má conduta dos homens. O homem, diziam, deve guiar-se pelo livre-arbítrio e é o único autor de sua infelicidade ou ventura. Negavam a imortalidade da alma, a ressurreição e, decorrentemente, as penas e recompensas futuras e, no culto, somente admitiam as práticas fixadas pela Lei. Eram menos numerosos que os fariseus, porém suas riquezas e prestígio os colocavam nos postos mais altos da administração e da sociedade. Por isso eram pacíficos e acomodados e não se deixavam empolgar pela geral expectativa da vinda de um Messias nacional. Disputavam sempre, e com frequente vantagem, o cargo de sumo-sacerdote, pela grande influência que este exercia na vida da Nação. (O Redentor . Cap. 12. Edgar Armond)
Bibliografia :
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2. Allan Kardec .
- A Gênese. Cap. 17. Itens 27 e 28. Allan Kardec .
- Revista Espírita. Setembro de 1861. Um espírito israelita a seus correligionários. Allan Kardec.
- A caminho da luz. Cap. 7. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier .
- Missionários da luz. Cap. 8. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.
- O Consolador. Questão 277 e 278. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier .
- Primícias do Reino. Respingos Históricos. Espírito Amélia Rodrigues. Divaldo P. Franco.
- Vivendo com Jesus. Cap. 13. Espírito Amélia Rodrigues. Divaldo Franco .
-Parábolas evangélicas. Cap. 10. Rodolfo Calligaris.
- As maravilhosas parábolas de Jesus. A parábola do festim de bodas. Paulo Alves Godoy.
- A leitura profética da história. Dom Antônio Celso de Queiroz.
- Elucidações Evangélicas. Cap. 143. Antônio Luiz Sayāo .
- O Redentor . Cap. 12. Edgar Armond.
- O livro das religiões. Religiões surgidas no Oriente Médio: monoteísmo. Jostein Gaarder. Victor Hellern. Henry Notaker.
- Parábolas e Ensinos de Jesus. Parábola das Bodas. Cairbar Schutel .
- Bíblia : 2 Crônicas 36:15-20; Jeremias 40:1-3; Lucas 11:49-51,13:34-35; Mateus 21: 42 - 46.
- Site:
https://www.acasadoespiritismo.com.br/sermaomonte/08%20bem%20aventurados%20os%20que%20sao%20perseguidos.htm. Data de consulta: 29-11-17